O Palmeiras encerrou o mês de junho com saldo financeiro positivo, impulsionado pela participação na Copa do Mundo de Clubes. A classificação até as quartas de final rendeu uma premiação expressiva, que teve impacto direto no desempenho econômico do clube no período.
Anteriormente, o orçamento do mês projetava um déficit de R$ 21,3 milhões. Entretanto, a entrada inesperada de recursos da Fifa, no valor de US$ 13,125 milhões (R$ 71,32 milhões na cotação da época), provocou uma reversão do cenário previsto. Assim, o clube finalizou junho com superávit de R$ 58,9 milhões.
As receitas operacionais líquidas do futebol profissional alcançaram R$ 180,2 milhões no mês. Desse total, R$ 152,2 milhões vieram diretamente de premiações esportivas. Além disso, o clube arrecadou R$ 17,7 milhões com publicidade e patrocínio, R$ 11,5 milhões com direitos de transmissão e R$ 6,3 milhões por meio do programa Avanti. Já a arrecadação com a arena somou R$ 4,7 milhões, enquanto licenciamento da marca e franquias geraram R$ 2,1 milhões.
No campo das despesas, os custos operacionais atingiram R$ 138,2 milhões. Entre os principais componentes, destacam-se R$ 73,6 milhões com pessoal e encargos sociais, R$ 25 milhões com despesas de jogos, R$ 17,3 milhões referentes à amortização de direitos de jogadores e R$ 8,7 milhões com pagamentos de direitos de imagem. A rubrica de negociações de atletas, por sua vez, apresentou saldo negativo de R$ 9,9 milhões, por conta de parcelas pagas por aquisições feitas anteriormente.
No acumulado de janeiro a junho, o Verdão contabiliza superávit de R$ 128,4 milhões, bem acima do que previa inicialmente. As receitas no semestre atingiram R$ 771 milhões, quando o orçamento apontava expectativa de R$ 427,3 milhões. As despesas, por sua vez, chegaram a R$ 599,4 milhões, também acima dos R$ 466,1 milhões estimados.
Ainda assim, o desempenho financeiro surpreende positivamente, sobretudo pela diferença entre o resultado obtido e a meta estabelecida, que previa superávit de apenas R$ 12 milhões para o ano. O patrimônio líquido do clube atualmente é de R$ 405 milhões, com ativos totais avaliados em R$ 2,139 bilhões.
Essa estratégia orçamentária conservadora é adotada de forma recorrente pela diretoria, como forma de preservar a saúde financeira do clube. A fim de evitar riscos em caso de resultados negativos em campo, o planejamento parte de premissas modestas em termos de premiações e avanços em torneios.
Segundo os dados do balancete oficial, “o valor realizado em receitas no mês de junho foi de R$ 191,4 milhões, enquanto o previsto era de R$ 57,9 milhões”, apontando uma superação considerável nas projeções mensais.
Por consequência, o bom desempenho dentro e fora de campo tem garantido ao Palmeiras uma posição sólida em seu planejamento para 2025, com possibilidade concreta de atingir a marca de R$ 1 bilhão em receitas ainda no segundo semestre.