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Esse é o motivo de Abel Ferreira não ser demitido do Palmeiras

Apesar da pressão externa, clube reforça confiança no treinador e descarta demissão após reformulação no elenco

A permanência de Abel Ferreira no comando do Palmeiras foi confirmada mesmo após a eliminação diante do Corinthians, na última quarta-feira (6), pela Copa do Brasil. O clássico disputado no Allianz Parque terminou em 2 a 0 para o rival, agravando a insatisfação dos torcedores, que protestaram nas arquibancadas.

Entretanto, o técnico português segue respaldado pela diretoria, que já trabalha com a possibilidade de estender o vínculo até o fim de 2027 — ano que marca o encerramento do segundo mandato da presidente Leila Pereira. Conforme o diretor Anderson Barros, o clube avalia que Abel continua sendo peça essencial no atual processo de reformulação.

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, na beira do campo
Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, na beira do campo (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

O comandante participou ativamente da montagem do elenco para a temporada, inclusive adiando suas férias para se envolver diretamente no planejamento. Ao todo, o Palmeiras contratou oito jogadores e se despediu de mais de dez atletas. A reformulação tem sido liderada por Abel, Barros e Leila, que compartilham da mesma visão a longo prazo.

“Abel não pode ter desaprendido. Os atletas não podem ter desaprendido. Nós não desaprendemos. Mostramos há pouco tempo e não queremos viver disso”, afirmou o dirigente.

Barros reconheceu que o momento é delicado, sobretudo pela queda precoce na Copa do Brasil, mas apontou que o elenco ainda busca equilíbrio após as mudanças. “Existe, sim, uma falta de sintonia nesse processo e nós vamos encontrar. Acho que é um momento de transição que estamos passando”, completou o diretor de futebol.

O clube, aliás, não vê a atual fase como motivo para alterações drásticas. Mesmo com as críticas, o foco está em identificar falhas e promover ajustes internos. “Se você fizer sempre as mesmas coisas, vai ter sempre os mesmos resultados. Temos que ter consciência e clareza de tudo aquilo que estamos fazendo”, explicou Barros.

Enquanto isso, a expulsão de Aníbal Moreno no Dérbi também repercutiu fortemente. O jogador foi advertido com cartão vermelho aos 14 minutos do primeiro tempo, após cabeçada em José Martínez. A decisão, confirmada após revisão do VAR, foi classificada como “conduta violenta” pela arbitragem.

“Daronco, sugiro revisão para possível cartão vermelho. O jogador de verde atinge com uma cabeçada o rosto de seu adversário, tá? Fora da disputa, uma conduta violenta”, comunicou o árbitro de vídeo Caio Max Vieira. Logo depois, Anderson Daronco confirmou a decisão ao ver as imagens: “Para mim, o jogador número 5 dá uma cabeçada, e a bola estava fora de jogo”.

A equipe de Abel Ferreira volta a campo no domingo (10), às 18h30 (horário de Brasília), contra o Ceará, pelo Campeonato Brasileiro. Além disso, o Palmeiras segue na disputa da Copa Libertadores, enfrentando o Universitario, do Peru, nas oitavas de final.