O empate do Palmeiras diante do Inter Miami, na segunda-feira (23), pelo Mundial de Clubes, provocou reações contundentes. A atuação da equipe comandada por Abel Ferreira foi alvo de duras críticas, principalmente por parte do jornalista Mauro Cezar Pereira, que classificou o Verdão como “o pior brasileiro do Mundial”. A equipe norte-americana chegou a abrir 2 a 0 no placar, com gols de Luis Suárez e Tadeo Allende, mas os brasileiros buscaram a igualdade nos minutos finais.
“Perder para o Inter Miami seria um vexame. É um time de futebol recreativo dos Estados Unidos”, afirmou Mauro durante participação em uma live no canal Jovem Pan Esportes. Ainda segundo ele, “o Palmeiras escapou de um vexame e poderia ter tomado até mais gols”. A crítica direta veio após uma atuação oscilante, que mesclou fragilidade defensiva e dificuldades ofensivas, mesmo com um volume superior em finalizações e escanteios.

Apesar das dificuldades no setor defensivo e da falta de efetividade na criação, o Palmeiras conseguiu reagir. O gol que deu novo fôlego à equipe foi marcado por Paulinho, após assistência de Allan. Pouco depois, Maurício aproveitou um rebote e garantiu o empate. Dessa forma, o time paulista garantiu vaga nas oitavas de final e terá pela frente o Botafogo, no sábado (28), às 13h (horário de Brasília).
Enquanto a equipe busca estabilidade em campo, fora dele o foco também tem sido um desafio. Prestes a se despedir do clube, o atacante Estêvão admitiu que a ansiedade pela mudança para o futebol europeu tem dificultado sua concentração. “É um sonho que vou realizar. Mas é muito difícil manter a cabeça aqui sabendo que estou de saída. Estou tentando focar o máximo aqui para sair bem, com a cabeça erguida”, disse o jogador.
Estêvão foi negociado com o Chelsea por 61,5 milhões de euros, cerca de R$ 358 milhões. Segundo o planejamento definido com o clube inglês, o jovem só se apresentará após a participação do Palmeiras no Mundial. Artilheiro do time em 2025, ao lado de Flaco López, com 11 gols, ele também soma cinco assistências na temporada, sendo peça-chave do elenco alviverde.
“A família tem me ajudado muito. Eles me cobram para manter o foco, para não me deixar levar pela ansiedade. Ainda tenho muito a entregar aqui”, completou o jogador. Assim, o Palmeiras tenta reorganizar seu desempenho dentro de campo, enquanto lida com despedidas importantes fora dele. Afinal, o momento exige atenção total, seja para avançar no Mundial ou encerrar ciclos com dignidade.