A Fifa divulgou recentemente um relatório relacionado à Copa do Mundo de Clubes que reacendeu a discussão sobre o reconhecimento de títulos mundiais do Fluminense e do Palmeiras. No documento publicado na terça-feira (17), a entidade classificou a antiga Copa Rio como “Copa Inter-Confederações”, mesma denominação usada para a Copa Intercontinental e o atual Mundial de Clubes da Fifa. Essa nomenclatura, no entanto, não representa uma equiparação oficial entre os torneios.
O Palmeiras conquistou a edição inaugural da Copa Rio, em 1951, enquanto o Fluminense venceu a competição no ano seguinte. Ambas as edições contaram com clubes campeões ou vice-campeões de seus respectivos países. Ainda assim, a Fifa segue reconhecendo oficialmente apenas os vencedores da Copa Intercontinental (1960 a 2004) e do Mundial de Clubes como campeões mundiais.
O relatório também mencionou outros torneios intercontinentais, como o Campeonato Afro-Asiático, vencido pelo Wydad Casablanca, indicando que a listagem não implica necessariamente em um reconhecimento como campeão do mundo. Para alterar esse entendimento, seria necessária uma nova decisão do Conselho da Fifa, como ocorreu em 2017, quando a entidade passou a considerar os títulos da Intercontinental como mundiais.
Palmeiras e Fluminense seguem tentando oficializar o reconhecimento. O clube paulista, inclusive, utiliza uma estrela vermelha sobre seu escudo em alusão ao título de 1951. Durante o Mundial de 2023, dirigentes do Fluminense entregaram um dossiê à Fifa em busca do mesmo reconhecimento, contando com apoio da CBF.
Entre os argumentos apresentados pelo Fluminense estão a chancela de figuras históricas como Jules Rimet e Stanley Rous, além da cobertura da imprensa da época, que tratava o torneio como uma competição mundial de clubes. Aliás, o Tricolor destaca também a vitória sobre o Peñarol, base da seleção campeã do mundo em 1950, como prova da relevância do título.
Portanto, embora haja menção no relatório da Fifa, Fluminense e Palmeiras ainda não são considerados campeões mundiais pela entidade. A questão permanece em aberto, dependendo de uma decisão política que envolva o Conselho da federação internacional.
