O Palmeiras, nos últimos anos, transformou suas categorias de base em uma das mais produtivas do futebol brasileiro. Isso porque o clube investiu pesado em estrutura e captação, revelando uma geração talentosa de atletas. No entanto, vale destacar que nem todos os jovens conseguem espaço no elenco profissional. Por isso, o Verdão adotou uma estratégia que tem se tornado cada vez mais frequente: negociar essas promessas com clubes de Portugal.
Além disso, o país europeu é visto como uma excelente porta de entrada para mercados maiores da Europa, fator que também pesa na decisão dos próprios atletas. Sendo assim, o Verdão une o útil ao rentável.
Portugal: moeda forte e janela para o continente
A escolha por Portugal vai além do idioma e da cultura similar. Cabe ressaltar que o poder aquisitivo dos clubes portugueses é consideravelmente superior ao da maioria dos times médios brasileiros. Dessa maneira, negociar por valores como € 1 milhão é mais factível para um clube europeu do que para os nacionais.
Com isso, o Palmeiras consegue acordos com cláusulas inteligentes, mantendo porcentagens dos direitos econômicos dos jogadores. Isso garante ao clube paulista lucros em futuras revendas, muitas vezes mais vantajosos do que se tivesse feito uma venda direta inicial ao futebol brasileiro.
Jogadores negociados e próximos passos
Entre os nomes cedidos ao futebol português estão Kaique (Farense), Gabriel Silva (Santa Clara), Alan (Moreirense), Lucas Freitas (Moreirense), entre outros. Todos buscam evolução no cenário europeu, motivados por salários em euro e pela vitrine internacional. Isso porque muitos sonham em chegar a ligas como Premier League, La Liga ou Serie A.
Portanto, a estratégia palmeirense se mostra coerente com o atual momento do mercado e fortalece a base como ativo financeiro do clube.
Desse jeito, o torcedor alviverde pode não ver todos os talentos em campo com a camisa do Verdão, mas, indiretamente, eles continuam rendendo frutos dentro e fora das quatro linhas.