Revelado pelo Fluminense, Marcos Arouca da Silva construiu carreira sólida entre os principais clubes do Brasil. No time carioca, foi campeão estadual em 2005 e da Copa do Brasil em 2007. Posteriormente, passou pelo São Paulo, onde atuou em 2009, antes de alcançar o auge no Santos.
Entre 2010 e 2014, integrou o elenco que conquistou três Paulistas (2010, 2011 e 2012), a Copa do Brasil (2010), a Libertadores (2011) e a Recopa Sul-Americana (2012). Depois, defendeu também Palmeiras, Atlético-MG, Vitória e Figueirense, onde encerrou a carreira em 2020.
Fim de ciclo e desafios pessoais
A transição para fora dos gramados ocorreu em meio a um período delicado. Além de enfrentar lesões, o ex-volante perdeu o pai e lidou com os efeitos da pandemia. Ao refletir sobre o encerramento da passagem pelo Santos, relembrou a saída polêmica após uma ação judicial cobrando direitos de imagem.
Em entrevista ao ge, confessou: “Não queria sair daquele jeito. Meu maior arrependimento. Isso, a forma como acabou”.
Início no tênis e evolução na nova modalidade
A virada na vida esportiva veio de forma inesperada. Durante uma viagem, ao lado de amigos, foi convidado para brincar em uma quadra, mas confessou não saber jogar. Ao retornar ao Rio de Janeiro, decidiu fazer aulas e acabou se apaixonando pela modalidade.
“Só eu e mais um amigo não jogávamos. Chamaram para brincar e não sabíamos. Voltando, combinamos de aprender e fomos fazer aula. Fui gostando e, agora, virou uma paixão. E está no sangue a questão de competir”, contou ao UOL.
Gradualmente, passou a disputar torneios amadores e aprimorar seu desempenho. “Fui evoluindo, crescendo, e fui gostando mais ainda. Passei a disputar competições e, quando vai ganhando, vai ficando mais empolgado”, completou.
Estilo agressivo e referência no circuito
Com postura ofensiva nas quadras, o ex-jogador se considera ousado. “É um pouco mais abusado. Tenho disputado campeonatos com pessoas que jogam há mais tempo que eu, que é uma forma de evoluir também. Sempre tive isso em mente, de entrar em algo e buscar crescer, e esse aspecto está me ajudando bastante”, declarou ao site Bolavip.
Ele revelou ainda admirar o estilo do espanhol Carlos Alcaraz, especialmente pelas variações de jogadas e o domínio do jogo. Segundo ele, assistir às partidas do jovem tenista tem sido parte do processo de aprendizagem.
Vida empresarial e apoio ao filho no futebol
Distante dos gramados, o ex-atleta se dedica ao empreendedorismo. Atualmente, administra duas barbearias, localizadas na Barra da Tijuca e em Madureira, no Rio de Janeiro. Ainda que não pense em retornar ao futebol no momento, não descarta se qualificar futuramente.
“No momento, não passa pela cabeça. Estou trabalhando mais como empresário. Montei duas barbearias e estou tocando, mas ninguém sabe o dia de amanhã. Quem sabe fazer um curso da CBF. Mas, no momento, ainda não”, revelou ao UOL.
Além dos negócios, acompanha de perto o filho Enzo, que joga nas categorias de base do Boavista, na equipe sub-9. Recentemente, esteve presente nos jogos da IberCup, disputada na Barra da Tijuca. Sobre o menino, comentou:
“Ele é volante, meia, e é mais habilidoso que o pai. É mais abusado, essas coisas. Fico muito feliz, mas falo: ‘se divirta. Se você gosta, entra e se dedica ao máximo’”.