O reencontro do Santos com sua torcida no Morumbis, neste domingo (17 de agosto), terminou marcado por insatisfação, críticas e um gesto simbólico de repúdio.
Em campo, o time alvinegro sofreu uma das derrotas mais expressivas de sua história recente ao ser goleado por 6 a 0 pelo Vasco, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro.
A relação entre equipe e arquibancada, que já estava desgastada, se agravou a partir do quarto gol do time carioca. Torcedores passaram a vaiar os jogadores, entre eles Neymar, e direcionaram xingamentos ao técnico Cléber Xavier.
Ainda no início do segundo tempo, quando o placar marcava apenas 1 a 0, o treinador já era chamado de “burro” por parte da torcida.
O cenário se deteriorou ainda mais à medida que o Vasco ampliava o placar. Após o sexto gol, torcedores santistas se viraram de costas para o campo, em protesto silencioso. Conforme os minutos avançavam, o estádio foi se esvaziando, enquanto os poucos torcedores vascaínos presentes celebravam a goleada histórica.
O Vasco, por sua vez, demonstrou eficiência e soube aproveitar os erros do adversário. Lucas Piton, David, Philippe Coutinho (duas vezes), Rayan e Tchê Tchê foram os autores dos gols. Aliás, a equipe carioca alcançou 100% de aproveitamento nas chances claras criadas durante o jogo.
Enquanto isso, o Santos, mesmo com Neymar em campo, pouco conseguiu produzir. Guilherme desperdiçou uma das poucas oportunidades criadas, e a defesa, liderada por Luan Peres, se mostrou vulnerável. O time também teve um pênalti anulado ainda no primeiro tempo, por impedimento, e viu o VAR confirmar uma penalidade para o Vasco, convertida por Coutinho.
Ao fim da partida, Neymar deixou o gramado visivelmente abalado. O atacante, que recebeu críticas e vaias durante o jogo, saiu chorando. Em um determinado momento ele foi consolado por Fernando Diniz.
A derrota amplia a crise vivida pelo Santos, que permanece com 21 pontos, ocupando a 14ª colocação na tabela. Já o Vasco, que iniciou a rodada na 17ª posição, chegou a 19 pontos e esboça reação na luta contra o rebaixamento.
A pressão sobre Cléber Xavier tende a aumentar, sobretudo após o desempenho coletivo abaixo do esperado e a forte cobrança vinda das arquibancadas.