O clima quente na Vila Belmiro durante o empate entre Santos e CRB, pela ida da terceira fase da Copa do Brasil, custou caro ao Peixe. Em julgamento realizado nesta segunda-feira (28), o clube foi punido pelo STJD com uma multa de R$ 95 mil, resultado de uma série de incidentes ocorridos ao longo e após a partida disputada no dia 1º de maio.
Cabe ressaltar que o valor da punição se divide em R$ 15 mil e R$ 80 mil, com base nos artigos I (parágrafo I) e III do artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. Isso porque, segundo o árbitro Lucas Paulo Torezin, foram arremessados copos plásticos na direção dos jogadores do Santos durante a saída de campo, partindo da área onde estava localizada a torcida alvinegra.
Protestos, tumulto e gás de pimenta: clima foi de tensão em Santos
Vale destacar que os incidentes não se limitaram aos objetos lançados. A torcida também entoou cânticos de protesto contra os jogadores e a diretoria, além de tentativas de invasão à sala de imprensa. Com isso, o clima ficou ainda mais tenso fora das quatro linhas.
Na saída do estádio, a confusão ganhou proporções maiores e houve confronto entre torcedores e a polícia, que precisou intervir utilizando gás de pimenta. Desse jeito, a partida que já havia terminado empatada em 1 a 1 dentro de campo, terminou em total desordem fora dele.
Impacto esportivo e próximo passo do Peixe
Por isso, além da multa financeira, o Santos agora encara pressão redobrada da torcida e dos bastidores para retomar o controle emocional e organizacional. Sendo assim, o clube precisará administrar não só os desafios esportivos, mas também o desgaste com sua própria torcida.
Dessa maneira, o episódio evidencia por que o comportamento do público segue sendo pauta recorrente no futebol brasileiro. Além disso, fica o alerta: protesto não pode ultrapassar os limites da civilidade principalmente quando o prejuízo é direto ao próprio clube.
