Após ter o nome envolvido em sondagens de clubes nacionais e internacionais, Robson Júnior, de 17 anos, optou por permanecer no Santos. Revelado pelas categorias de base do clube da Vila Belmiro, o atacante chegou a receber uma proposta do Grêmio, que previa sua utilização até o fim de 2026 antes de uma possível transferência para uma equipe da Premier League.
A ideia gremista consistia em utilizar o clube como ponte para o futebol europeu, cenário que mobilizou rapidamente a diretoria santista. A família do jogador demonstrou insatisfação com a demora nas tratativas iniciais com o Peixe, cogitando aceitar o plano de transição apresentado pelos gaúchos. O alerta foi acionado internamente, e a permanência da promessa passou a ser tratada como prioridade absoluta.
A partir disso, dirigentes santistas intensificaram as negociações com o estafe do atleta. O conselheiro Júnior Bozzella, o advogado Guilherme Barbosa, ligado à base, e o gerente Gustavo Ferreira conduziram o processo. O trio apresentou à família um plano de carreira detalhado, com perspectiva de visibilidade, inclusão no elenco profissional e um vínculo contratual mais robusto. A ação culminou em um acordo com validade até 2030.
Atualmente treinando com o time principal sob o comando de Cleber Xavier, Robson já foi inscrito no Campeonato Brasileiro. Embora ainda não tenha estreado, o jovem acumula boas atuações nas competições sub-20 e na Copa São Paulo. Aliás, o atacante foi “apadrinhado” por Neymar, que tem forte identificação com o clube e com a trajetória do pai do atleta, Robinho.
Além da proposta financeira considerada satisfatória, o que pesou na decisão foi o projeto esportivo apresentado. O Santos teria reforçou a promessa de que o jogador terá oportunidades reais no time principal ainda nesta temporada.
O episódio serviu como reforço ao planejamento de valorização dos chamados Meninos da Vila. O clube reiterou a intenção de manter seu DNA formador e resistir à saída precoce de atletas ainda em desenvolvimento.
