O que até pouco tempo atrás parecia uma negociação bem encaminhada, agora esfria e gera incertezas. A renovação de contrato entre Neymar e o Santos ganhou novos contornos nos últimos dias e, segundo fontes dos bastidores, o cenário é de desgaste crescente. O atacante e seu pai, que conduz diretamente as tratativas, demonstram insatisfação com o andamento das conversas o que coloca em risco a permanência do camisa 10 na Vila Belmiro.
Proposta de produtividade é o principal entrave
Vale destacar que um dos principais pontos de atrito é a proposta do Santos de vincular o novo contrato a um modelo de produtividade. Isso porque a diretoria propôs pagamentos condicionados a metas, como número de jogos e gols, em vez de um valor fixo por direitos de imagem. Por isso, o pai de Neymar optou por ouvir propostas de outros clubes especialmente durante uma viagem recente aos Estados Unidos, antes de retomar qualquer diálogo com a diretoria santista.
Além disso, mesmo com o acerto em torno do parcelamento da dívida de R$ 85 milhões relacionada a direitos de imagem, o modelo contratual proposto foi mal recebido. Cabe ressaltar que a condução do presidente Marcelo Teixeira sobre esse ponto específico também gerou desconforto.
Clima tenso entre torcida, imprensa e estafe
Dessa maneira, o relacionamento entre Neymar e o clube tem sofrido abalos. O jogador ficou incomodado com críticas da imprensa e da torcida, especialmente após sua participação no amistoso promovido pela Loovi, na última terça-feira (17). Durante o evento, o craque mencionou uma possível negociação com o Fluminense, o que desagradou a cúpula santista, pois o assunto já teria sido tratado internamente entre os clubes.
Com isso, parte da diretoria vê com reservas a postura do jogador e, principalmente, de seu pai, que tem mudado o discurso a cada nova declaração. Sendo assim, há um apelo interno por mais cautela nas falas públicas e menos exposição enquanto a renovação não é selada.
O futuro será decidido após retorno do pai de Neymar
Por enquanto, Neymar segue com contrato válido até o dia 30 de junho. Com 12 jogos, três gols e três assistências nesta segunda passagem, o atacante ainda não definiu seu futuro. A expectativa é de que tudo se resolva após a chegada de seu pai ao Brasil e uma reunião definitiva com a diretoria do Santos. O clube, por sua vez, mantém o discurso otimista, mas reconhece que o ambiente atual exige atenção redobrada.