O São Paulo entrou em campo neste sábado (09 de agosto) no Morumbis para encarar o Vitória, poucos dias após a eliminação na Copa do Brasil. A equipe comandada por Hernán Crespo reagiu com uma vitória por 2 a 0, resultado que marcou a quinta vitória consecutiva no Brasileirão e colocou o time no G-6. Bobadilla abriu o placar no primeiro tempo, e Sabino fechou o marcador já nos minutos finais.
Apesar da importância do resultado na tabela, Crespo destacou que o triunfo teve um peso especial no aspecto psicológico do elenco. O treinador afirmou que, mais do que ajustes táticos, a resposta foi emocional, ressaltando que a equipe manteve sua identidade mesmo depois da frustração no torneio nacional.
“Era um jogo difícil, a gente chegava de uma eliminação, então voltar a jogar do jeito que a gente jogou, mas acho que era somente emocional, era só o emocional. Na Copa do Brasil tentamos jogar sempre, mesmo com as dificuldades. A gente merecia mais, não aconteceu, então era muito mais emocional que crise do jogo. O jogo estava aí, respeitar nossa identidade.”
Crespo também valorizou a postura agressiva e a determinação para recuperar a posse de bola, elogiando nomes como Patryck, Maik e Luan. A partida ainda foi marcada por dois momentos especiais: o 300º jogo de Luciano com a camisa tricolor e o retorno de Lucas, que não atuava desde o início de maio por conta de lesão.
“Muitas coisas boas, o emocional do time de jogar, ser agressivo. Essa vontade de recuperar a bola. Fico feliz com todas essas coisas.”
O treinador, no entanto, reconheceu que a regularidade nem sempre é possível no futebol. Ele disse que busca vitórias em todas as partidas, mas ponderou que os resultados podem variar.
“Sim (esperava), mas é difícil que aconteça. Quero ganhar todos os jogos, às vezes acontece, às vezes não. A gente merece estar no lugar em que a gente está.”
Sobre as movimentações recentes no elenco, Crespo comentou as saídas, incluindo a transferência do goleiro Jandrei ao Juventude e negociações envolvendo Lucas Ferreira e Henrique Carmo. Ao falar sobre sua função, recorreu a uma metáfora automobilística.
“Sou como um piloto de Fórmula 1, me dá o carro e tento dirigir o mais forte possível, esse é meu trabalho. Mas eu não preparo o carro, quem prepara é a diretoria.”
Encerrando a entrevista, o técnico lembrou que o próximo desafio será na terça-feira (12 de agosto), às 21h30 (horário de Brasília), contra o Atlético Nacional, na Colômbia, pelas oitavas de final da Libertadores. Segundo ele, o torneio continental é um objetivo comum entre elenco e torcedores, mas exige cautela.
“Eu sonho, mas preciso ter os pés no chão. É um sonho para todos, torcedor, para os atletas, mas a realidade é outra. Sonho é sonho. Realidade é outra. Vamos tentar com todas as forças realizar um sonho. Mas pés no chão.”