quinta-feira, agosto 21, 2025
20 C
São Paulo

São Paulo deixou de ganhar 226 milhões, segundo Casares

Em meio a uma temporada conturbada e cheia de cobranças, o presidente do São Paulo, Julio Casares, trouxe à tona uma revelação que surpreendeu o torcedor: a diretoria tricolor recusou propostas que somavam 35 milhões de euros (cerca de R$ 226 milhões) para manter jogadores considerados cruciais na campanha do título da Copa do Brasil. Por isso, a decisão passou a ser analisada sob diferentes óticas: valeu a pena abrir mão do dinheiro em troca da glória esportiva?

Bastidores: entre títulos e dívidas milionárias

A revelação de Casares ocorre num momento delicado. O São Paulo entrou na pausa do Mundial de Clubes com apenas 12 pontos em 12 rodadas no Brasileirão, flertando com a zona de rebaixamento. Com isso, mudanças foram feitas na comissão técnica e Hernán Crespo assumiu o comando da equipe, retornando ao clube onde já foi campeão estadual.

Cabe ressaltar que a diretoria acredita no potencial do novo treinador para reverter o cenário atual. Isso porque Crespo conhece o ambiente tricolor e deve ter mais facilidade para implementar suas ideias rapidamente. Além disso, a diretoria ainda demonstra confiança na permanência de atletas como Ruan, que também divide opiniões.

Casares revela estratégia que custou caro

O presidente revelou que recusou propostas por Welington, Pablo Maia e Rodrigo Nestor durante o meio de 2023. “Segurei pela final em setembro. Poderia ter perdido o título? Poderia. Mas eram jogadores muito importantes naquele momento”, afirmou.

Sendo assim, Casares assumiu o risco, mas viu os planos desmoronarem logo depois. “Falei: ‘Vou vender lá em janeiro’. O que aconteceu? Se estouraram. Tive que assumir o déficit, fazer o que”, completou o mandatário.

Título à parte, rombo financeiro preocupa

Dessa maneira, o clube encerrou 2023 com um déficit de R$ 62 milhões, mesmo com a premiação pela conquista da Copa do Brasil. Vale destacar que a situação piorou em 2024, com o rombo saltando para R$ 287 milhões e a dívida geral alcançando a marca alarmante de R$ 968 milhões.

Portanto, o que parecia uma aposta certeira se tornou um dilema: o São Paulo conquistou a taça, mas afundou ainda mais financeiramente. Desse jeito, a diretoria terá que encontrar soluções criativas para equilibrar as contas, sem abrir mão da competitividade em campo.