O São Paulo atingiu recentemente o limite de nove jogadores estrangeiros permitidos por partida nas competições nacionais, com a chegada do atacante Gonzalo Tapia, de 23 anos, vindo do River Plate. No entanto, a diretoria do clube não descarta novas contratações internacionais durante a janela de transferências do meio do ano. A ideia é reforçar setores carentes do elenco, sobretudo a lateral direita, mesmo que isso implique uma gestão cuidadosa para evitar ultrapassar o limite imposto pela CBF.
Atualmente, o grupo comandado por Hernán Crespo conta com os seguintes estrangeiros: Arboleda (Equador), Cédric (Portugal), Calleri, Enzo Díaz, Dinenno e Alan Franco (Argentina), Bobadilla (Paraguai), Ferraresi (Venezuela) e agora Tapia (Chile). Ainda assim, o clube busca mais um lateral-direito, posição na qual o único nome disponível no elenco é o português Cédric.
Segundo integrantes da diretoria, o fato de estar no limite regulamentar de estrangeiros não representa um impedimento direto para novas contratações internacionais. Isso porque o clube avalia que dificilmente todos os atletas estrangeiros estarão disponíveis ao mesmo tempo, seja por lesão, suspensão ou convocações para seleções. Assim, o São Paulo entende que pode administrar a situação sem prejudicar o planejamento técnico da equipe.
Além disso, há a expectativa de que algumas movimentações no elenco ocorram antes do retorno de Jonathan Calleri, que se recupera de cirurgia no joelho e só deve voltar a atuar na próxima temporada. Há, ainda, uma possível negociação envolvendo Bobadilla, constantemente convocado para defender a seleção do Paraguai, poderia abrir espaço para mais um nome internacional.
Por questões financeiras, o São Paulo tem priorizado contratações que não envolvam custos com taxas de transferência. Assim, o foco recai sobre jogadores livres no mercado ou disponíveis para empréstimos, como foi o caso de Tapia. O clube apresentou recentemente uma lista de nomes estrangeiros ao técnico Hernán Crespo, todos dentro do orçamento atual, reforçando a possibilidade de que o próximo reforço também venha de fora do país.
A diretoria também admite que negociar com jogadores estrangeiros tem se mostrado mais viável do que buscar opções no mercado interno. Afinal, as tratativas com clubes brasileiros são mais complexas e os atletas nacionais livres geralmente estão em alta demanda.
Enquanto isso, Tapia já treina com o elenco no CT da Barra Funda. Sua chegada amplia as opções ofensivas da equipe, mas também reforça a necessidade de uma estratégia minuciosa para a administração do elenco nas partidas do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil.
