quinta-feira, agosto 21, 2025
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São Paulo recebe dinheiro, mas não consegue contratar reforços

Clube se aproxima da meta de vendas em 2025, mas realidade financeira continua preocupante

Você já se perguntou por que, mesmo vendendo jogadores por valores milionários, o São Paulo ainda encontra dificuldades para contratar reforços? A resposta está em um cenário financeiro complexo que assombra o Tricolor há anos. 

E mesmo com quase R$ 152 milhões arrecadados em transferências só nesta temporada, a situação segue longe do ideal, tanto no caixa quanto no campo.

Milhões entrando, mas crise segue batendo à porta

Com a iminente venda de Matheus Alves ao CSKA, da Rússia, o São Paulo atingirá aproximadamente R$ 152 milhões em vendas neste ano. Isso inclui negociações importantes, como William Gomes ao Porto (R$ 54,5 milhões), Ângelo Henrique ao Strasbourg (R$ 32 milhões) e Michel Araújo ao Bahia (R$ 17,3 milhões).

Além disso, até valores menores, como os R$ 600 mil oriundos do mecanismo de solidariedade pela venda de Marquinhos ao Cruzeiro, são contabilizados. Com isso, o clube se aproxima da meta de R$ 155 milhões estipulada para 2025.

Dívida bilionária freia novos investimentos

Apesar do avanço nas metas de arrecadação, o Tricolor encerrou 2024 com uma dívida total de R$ 968,2 milhões e um déficit de R$ 287,6 milhões. Sendo assim, os milhões que entram não representam, na prática, liberdade para gastar.

Vale destacar que parte desse valor é utilizado para quitar compromissos anteriores, o que impede o clube de investir com força no mercado. Por isso, reforços de peso seguem como promessa distante.

Torcida cobra, diretoria promete austeridade

Dessa maneira, a diretoria são-paulina tenta equilibrar as contas com responsabilidade, mesmo sob pressão. A revolta de parte da torcida nas redes sociais tem sido intensa. 

Isso porque, segundo os torcedores, há gastos mal direcionados e salários elevados para jogadores que não entregam retorno técnico.

Portanto, o São Paulo vive uma contradição: lucra com vendas, mas segue sem poder comprar. Cabe ressaltar que, enquanto não houver uma reestruturação profunda, o torcedor precisará seguir contando mais com Cotia do que com o mercado. 

Desse jeito, o planejamento do Tricolor segue travado, entre as metas no papel e a realidade no bolso.