Você já se perguntou por que, mesmo vendendo jogadores por valores milionários, o São Paulo ainda encontra dificuldades para contratar reforços? A resposta está em um cenário financeiro complexo que assombra o Tricolor há anos.
E mesmo com quase R$ 152 milhões arrecadados em transferências só nesta temporada, a situação segue longe do ideal, tanto no caixa quanto no campo.
Milhões entrando, mas crise segue batendo à porta
Com a iminente venda de Matheus Alves ao CSKA, da Rússia, o São Paulo atingirá aproximadamente R$ 152 milhões em vendas neste ano. Isso inclui negociações importantes, como William Gomes ao Porto (R$ 54,5 milhões), Ângelo Henrique ao Strasbourg (R$ 32 milhões) e Michel Araújo ao Bahia (R$ 17,3 milhões).
Além disso, até valores menores, como os R$ 600 mil oriundos do mecanismo de solidariedade pela venda de Marquinhos ao Cruzeiro, são contabilizados. Com isso, o clube se aproxima da meta de R$ 155 milhões estipulada para 2025.
Dívida bilionária freia novos investimentos
Apesar do avanço nas metas de arrecadação, o Tricolor encerrou 2024 com uma dívida total de R$ 968,2 milhões e um déficit de R$ 287,6 milhões. Sendo assim, os milhões que entram não representam, na prática, liberdade para gastar.
Vale destacar que parte desse valor é utilizado para quitar compromissos anteriores, o que impede o clube de investir com força no mercado. Por isso, reforços de peso seguem como promessa distante.
Torcida cobra, diretoria promete austeridade
Dessa maneira, a diretoria são-paulina tenta equilibrar as contas com responsabilidade, mesmo sob pressão. A revolta de parte da torcida nas redes sociais tem sido intensa.
Isso porque, segundo os torcedores, há gastos mal direcionados e salários elevados para jogadores que não entregam retorno técnico.
Portanto, o São Paulo vive uma contradição: lucra com vendas, mas segue sem poder comprar. Cabe ressaltar que, enquanto não houver uma reestruturação profunda, o torcedor precisará seguir contando mais com Cotia do que com o mercado.
Desse jeito, o planejamento do Tricolor segue travado, entre as metas no papel e a realidade no bolso.