O Vasco iniciou com dificuldades sua trajetória nos playoffs da Sul-Americana, sendo derrotado pelo Independiente del Valle por 4 a 0 na terça-feira (15 de julho), em Quito. A partida foi marcada por um episódio decisivo logo no início: a expulsão do lateral-esquerdo Lucas Piton, ainda aos 11 minutos, após entrada dura sobre Darwin Guagua no meio de campo.
O cartão vermelho, inicialmente previsto como amarelo, foi convertido após revisão do VAR. A exclusão do atleta exigiu mudanças imediatas do técnico Fernando Diniz, que precisou sacrificar o atacante GB para recompor a defesa com Victor Luís. A decisão comprometeu o planejamento tático vascaíno ainda na primeira etapa.
Com um jogador a menos e enfrentando os desafios da altitude equatoriana, o time carioca sofreu com a pressão constante do adversário. O Del Valle finalizou 31 vezes e converteu quatro gols, ampliando uma sequência de atuações abaixo do esperado do Vasco em competições continentais. A equipe precisará reverter a desvantagem no jogo de volta, marcado para terça-feira (22 de julho), às 21h30 (horário de Brasília), em São Januário.
O comentarista Cicinho, em participação no programa Jogo Aberto, criticou duramente a conduta de Piton. Segundo ele, “o Piton foi expulso justamente aos 10 minutos do primeiro tempo, em uma jogada de juvenil, porque não há necessidade de se fazer uma falta tão grave como aquela que ele acabou fazendo”.
Cicinho também ressaltou a vulnerabilidade defensiva da equipe vascaína diante da pressão do adversário. “Perder de 1 a 0 ou até de 2 a 0, ok. Mas o Vasco perdeu de quatro e poderia ter tomado dez”. O ex-jogador avaliou que, mesmo com Piton em campo, o panorama dificilmente seria favorável: “Se o Piton estivesse, seria 3 a 0”.
Após o apito final, Fernando Diniz reconheceu a dificuldade do cenário e lamentou o impacto da expulsão para o desfecho da partida. “Acho que, se não tem a expulsão, a história do jogo seria muito diferente. Com a expulsão, ficou mais difícil para a gente”.
Embora o resultado tenha sido expressivo, o goleiro Léo Jardim evitou que o placar fosse ainda mais elástico, defendendo um pênalti e realizando intervenções importantes. O próprio camisa 1, ao lado de Diniz, afirmou que o confronto ainda está em aberto, destacando a necessidade de confiança para o jogo decisivo no Rio de Janeiro.
