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A declaração de Fernando Diniz após a derrota do Vasco para o Mirassol

Com a sequência negativa e a iminência de entrada na zona de rebaixamento, o cenário exige respostas rápidas

A derrota do Vasco por 3 a 2 para o Mirassol, neste sábado (02), no estádio Maião, consolidou o momento delicado vivido pela equipe no Campeonato Brasileiro. O resultado negativo representou o sétimo jogo consecutivo sem triunfo e deixou o time à beira da zona de rebaixamento.

O técnico Fernando Diniz expressou frustração com os erros recorrentes da equipe e pediu mudança imediata de postura.

Erros defensivos e desequilíbrio emocional

Na entrevista coletiva pós-jogo, o treinador foi enfático ao criticar as falhas do sistema defensivo, diretamente responsáveis pelos três gols sofridos. Segundo ele, a origem da derrota não foi psicológica, e sim técnica.

“Psicologicamente não tem o que falar. A equipe tomou dois gols, reagiu e poderia ter feito o terceiro antes do Mirassol. O problema não foi psicológico hoje, não tem nada a ver e não tem que abalar nada. Temos é que ser fortes e buscar resultado. Vai abalar o que o psicológico? Temos que parar de errar e fazer o que temos de fazer: começar a ganhar jogo”.

Além disso, Diniz afirmou que a equipe demonstrou poder de superação ao reagir após estar em desvantagem, mas reconheceu que o momento vivido pelo adversário foi determinante.

“Hoje o Mirassol é o time que tem mais pontos se pegar de nove rodadas para cá. Sabíamos que vinha de um momento importante. Finalizamos mais do que eles, tivemos mais posse, embora o jogo estivesse equilibrado. Tivemos chance de ganhar. O momento do Mirassol é melhor que o do Vasco. Se estivéssemos vivendo um bom momento, provavelmente teríamos vencido”.

Avaliação do elenco e janela de transferências

Questionado sobre possíveis reforços, Diniz manteve o discurso cauteloso. Admitiu limitações financeiras do clube e reforçou a confiança nos jogadores atuais.

“Os recursos financeiros do Vasco são escassos, eu já sabia disso quando vim para cá. A gente procura um outro jogador nesta janela, mas temos que melhorar o que tem aqui dentro. Temos um bom elenco”.

Ainda sobre a análise da partida, o técnico considerou o resultado injusto diante do que foi apresentado em campo.

“O jogo não teve nenhuma surpresa. Foi equilibrado. Talvez o empate seria o mais justo pelo o que aconteceu no jogo. Falhamos mais do que deveria, o Mirassol soube aproveitar e acabou ganhando o jogo”.

Detalhes da partida e desempenho oscilante

Apesar de um primeiro tempo relativamente controlado, o Vasco caiu de rendimento na etapa final. O Mirassol foi mais organizado, eficiente e soube explorar os erros do adversário.

Os gols do time paulista vieram em sequência: Negueba abriu o placar após falha de Fuzato; Chico da Costa ampliou depois de erro na saída de bola; e Alesson fechou o placar após desatenção coletiva da defesa vascaína.

O Vasco ainda conseguiu empatar em determinado momento da partida, com gols de Puma Rodriguez e Vegetti, ambos em lances originados por cruzamentos de Lucas Piton. Contudo, o terceiro gol sofrido evidenciou a instabilidade da equipe, que não conseguiu manter a concentração mesmo após reagir no placar.

Próximo desafio e cenário preocupante

O foco agora se volta à Copa do Brasil. Na quinta-feira (07), o Vasco recebe o CSA em São Januário, às 20h (horário de Brasília). Após empate sem gols na ida, a equipe precisa vencer no tempo regulamentar para avançar às oitavas de final. Em caso de nova igualdade, a decisão será nos pênaltis.

Com a sequência negativa e a iminência de entrada na zona de rebaixamento, o cenário exige respostas rápidas e ajustes imediatos, sobretudo no sistema defensivo, constantemente apontado como o ponto mais vulnerável do time.