A crise que afeta o Vasco da Gama segue gerando repercussão entre ex-jogadores do clube. Um dos que se manifestaram recentemente foi Géder, ex-zagueiro revelado pelas categorias de base vascaínas. Em entrevista ao portal ESPN.com.br, ele demonstrou frustração com o atual momento do Cruz-Maltino e lamentou a sequência de problemas enfrentados pela equipe, mesmo após a chegada de Pedrinho à presidência.
“A gente fica muito triste com o momento do clube. Eu sou vascaíno, cria da base, ninguém imaginava que chegaria a esse ponto. A gente torce para que o Pedrinho consiga reverter o quadro, mas está difícil. É triste, mas é uma realidade”, declarou o ex-defensor, que passou a maior parte de sua carreira atuando fora do Brasil.
Apesar do esforço do atual presidente, Géder foi direto ao comentar os resultados do trabalho: “O Pedrinho é realmente vascaíno, abandonou o trabalho para tentar ajudar o Vasco, mas infelizmente não está conseguindo. A gente fica triste, reza para que tentem resolver da melhor forma possível porque ninguém aguenta mais. É muito tempo passando vergonha, um time que não consegue se achar.”
Ao abordar a gestão da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), o ex-jogador comparou o Vasco com outras equipes que também passaram por processos semelhantes. Conforme suas palavras, clubes que enfrentaram dificuldades iniciais conseguiram se organizar com o tempo. Contudo, para ele, o Vasco ainda não encontrou um caminho: “Tudo de errado só vem acontecendo com o Vasco.”
O ex-zagueiro também apontou desafios financeiros e de planejamento no elenco. Segundo ele, jogadores como Philippe Coutinho e Payet, contratados com altas expectativas e salários elevados, não conseguiram corresponder em campo. “Como é que faz para mandar embora e contratar outro no lugar? É muito difícil”, afirmou.
A diferença de estrutura entre o Vasco e rivais também foi tema na entrevista. “Você vê o Flamengo, com o time que está, ainda continua contratando jogador de nível, que está na Europa. Só tende a melhorar. Infelizmente, o Vasco não está nesse patamar”, analisou. Ele acredita que a diretoria, composta por Pedrinho e Felipe, não previa o tamanho da crise quando assumiu os cargos.
Por fim, Géder resumiu o sentimento de muitos torcedores: “A gente queria entender também onde está e de que forma consegue resolver, porque ninguém aguenta mais. Toda hora é uma situação, um problema diferente. O tempo está passando, olha há quanto tempo o Vasco vai nessa situação.” Enquanto o clube tenta encontrar soluções, a pressão de quem já vestiu a camisa segue aumentando, refletindo a angústia de grande parte da torcida.