A fratura na tíbia direita de Adson, confirmada na segunda-feira (07), impôs novo obstáculo ao Vasco, que havia zerado o departamento médico na semana anterior com o retorno do próprio jogador e de David. A lesão ocorreu durante um treinamento no CT Moacyr Barbosa e exigiu cirurgia imediata, seguida de início do tratamento fisioterápico.
A situação chama atenção por se tratar do mesmo local afetado em uma fratura por estresse sofrida pelo atleta em agosto de 2024.
Histórico recente de lesões graves no elenco
Desde o início de 2024, o clube enfrentou seguidas perdas de atletas importantes. Paulinho e Jair romperam o ligamento cruzado anterior do joelho ainda no Campeonato Carioca e ficaram afastados até outubro e novembro, respectivamente.
Em seguida, Adson e David também se tornaram desfalques de longo prazo. Estrella, por sua vez, foi diagnosticado com uma alteração anatômica congênita no joelho, o que exigiu cirurgia e o afastou por um ano.
Com as voltas progressivas de Estrella e David ao grupo em junho de 2025, o Vasco havia enfim encerrado uma sequência de um ano e meio com o departamento médico sempre ocupado por pelo menos um atleta em recuperação de lesão grave.
Estratégia da diretoria mira reposições para as pontas
A lesão de Adson reacendeu a urgência por reforços no setor ofensivo, principalmente nas extremidades do campo. A diretoria, que já avaliava a chegada de dois jogadores para o ataque, agora trata as contratações como prioridade absoluta.
A busca por nomes inclui jovens com perfil de rápida adaptação, diante da limitação orçamentária e da dificuldade em encontrar substituições adequadas no mercado.
O desempenho abaixo do esperado de opções como Garré e Loide Augusto, somado à ausência deste último por questões familiares, amplia a responsabilidade de Admar Lopes na condução das negociações. Dois nomes já monitorados são Andres Gómez, do Rennes, e Alan Minda, do Cercle Brugge.
Entretanto, outras possibilidades estão em análise, sem obrigatoriedade de serem apostas com foco em valorização futura.
Apoio psicológico e institucional ao jogador lesionado
O comentarista Pedrosa, em declaração veiculada na terça-feira (08), ressaltou a dimensão emocional do momento vivido pelo camisa 28. Para ele, a gravidade não se limita ao dano físico:
“Muita força ao Adson! A gente sempre fala isso: a lesão geralmente não é só física, ela está sempre na cabeça, é uma lesão mental (…) O Vasco é um clube muito humano, um clube que vai dar todo o apoio ao Adson também, para que ele volte mais forte”.
