Em situação delicada no Campeonato Brasileiro, Vasco e Santos seguem travando uma disputa direta contra o rebaixamento. Ambos os clubes somam 15 pontos e se enfrentarão em confronto direto na sexta-feira (17 de agosto), no MorumBIS, às 16h (horário de Brasília), pela abertura do returno da competição.
Apesar do cenário semelhante na tabela, o momento das equipes aponta para realidades distintas. O Vasco, agora sob o comando de Fernando Diniz, mostra sinais de reação com vitórias expressivas, como a obtida sobre o São Paulo no MorumBIS. Além disso, a equipe conseguiu um empate contra o Internacional em Porto Alegre, mesmo atuando parte do segundo tempo com um jogador a menos.

Em contrapartida, o Santos vive fase instável. A equipe não consegue repetir bons resultados longe da Vila Belmiro e enfrenta dificuldades para pontuar fora de casa. Recentemente, empatou com o Sport e foi derrotado em duas oportunidades, o que aumentou a pressão sobre o técnico Cléber Xavier. Contratado em abril, o treinador ainda não conseguiu consolidar sua permanência, e a torcida pede mudanças urgentes.
Segundo o jornalista Fábio Sormani, a dificuldade do Peixe em somar pontos fora de casa compromete a briga direta contra o rebaixamento. Ele afirmou que, ao contrário do Santos, o Vasco vem conseguindo “fazer resultados importantes, como por exemplo: ganhou do São Paulo dentro do MorumBIS”. Ainda de acordo com o comentarista, o clube paulista “não consegue esse tipo de resultado no campeonato”.
A instabilidade do Santos também está relacionada à incerteza no comando técnico. Sormani revelou bastidores da diretoria santista ao comentar que “o nome do Cuca é bem avaliado dentro do Santos” e que, até o momento, “não tem interesse no Vojvoda por enquanto”.
Enquanto isso, o Vasco enfrenta outro desafio além da pontuação. No empate diante do Internacional, o goleiro Léo Jardim foi expulso após receber o segundo cartão amarelo por retardar a partida. O árbitro Flavio Rodrigues de Souza alegou que o jogador teve tempo suficiente para ser atendido e considerou a conduta como antijogo.
A Comissão de Arbitragem da CBF, representada por Rodrigo Cintra, saiu em defesa da decisão: “O árbitro chegou ao último recurso, mesmo com o apoio de seu assistente, mesmo voltando lá pela segunda vez, mesmo com o médico ao lado do jogador, sem proceder nenhum tipo de atendimento. Não tinha outro recurso para retornar a partida”.
Posteriormente, exames apontaram que o goleiro apresentou “hematomas musculares profundos” e contusão por trauma na bacia. Ainda assim, Cintra reforçou que o árbitro cumpriu os protocolos estabelecidos e que a arbitragem brasileira seguirá firme contra atitudes que configurem atraso de jogo.