A Delegacia Antissequestro do Rio de Janeiro instaurou um inquérito para investigar um suposto plano de sequestro contra Pedrinho, atual presidente do Vasco. A denúncia, recebida por meio do Disque Denúncia entre o fim de julho e o início de agosto, indicava que milicianos de Bangu estariam envolvidos na articulação do crime. A operação, segundo relatos, estava prevista para ocorrer até quarta-feira (06 de agosto), nas imediações de São Cristóvão, na Zona Oeste da capital fluminense.
Diante da gravidade da situação, a polícia recomendou o reforço imediato da segurança pessoal de Pedrinho. Além disso, o clube passou a colaborar diretamente com as autoridades nas investigações. Um dos detalhes mais alarmantes é a possibilidade de que dois funcionários do próprio Vasco estivessem ligados ao plano criminoso, conforme apontam informações encaminhadas aos investigadores.
A denúncia também revelou a estratégia que seria utilizada: os suspeitos se passariam por empresários, vestindo ternos, com o objetivo de abordar o dirigente e obrigá-lo a realizar transferências financeiras via Pix. Essa informação, aliás, reforçou a urgência da ação policial.
A Liga Forte União (LFU), entidade que reúne diversos clubes do futebol brasileiro, divulgou uma nota oficial em repúdio à denúncia. “Confiamos na ação da Justiça e da Polícia, e nos solidarizamos com Pedrinho, seus familiares e a comunidade vascaína. A violência jamais deve ter espaço no esporte”.
Essa não foi a primeira ameaça recebida por Pedrinho desde que assumiu a presidência do Vasco. Em novembro do ano passado, o dirigente relatou ter sido ameaçado de morte por meio de mensagens em grupos de WhatsApp. Já em julho, um influenciador divulgou o endereço residencial de Pedrinho, aumentando ainda mais a preocupação com sua integridade física e a de seus familiares.
Em nota, o presidente do Vasco se manifestou sobre o episódio: “Depois das ameaças de morte e da divulgação do meu endereço, agora, fui surpreendido com a informação da polícia sobre uma denúncia de tentativa de me sequestrar. As pessoas estão ultrapassando todos os limites. É inaceitável. Confio nas autoridades policiais e tenho certeza que, em breve, os culpados serão punidos”.
Anteriormente, ao comentar sobre as ameaças recebidas, Pedrinho também havia desabafado: “A emoção não dá direito a nada, a agressão, incentivo à violência e muito menos divulgar meu endereço. A partir de hoje, qualquer coisa que aconteça comigo ou com minha família, ele é suspeito. As pessoas não têm direito a achar que, por causa do futebol, podem fazer tudo”.
