Em uma denúncia recente, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) acusou o ex-jogador do Vasco, Dimitri Payet, de praticar violência psicológica contra a advogada Larissa Ferrari, com quem manteve um relacionamento extraconjugal.
O atleta francês, de 37 anos, teve o contrato com o clube rescindido no início de junho de 2025. A acusação detalha o sofrimento de Larissa, que teria enfrentado abusos sexuais, físicos e psicológicos durante o relacionamento, que ocorreu entre setembro de 2024 e março de 2025. No primeiro momento, o MP arquivou o caso, mas, após um recurso da defesa de Larissa, a promotora reconsiderou a decisão.
O relacionamento entre Larissa, de 28 anos, e Payet teve início nas redes sociais, com trocas diárias de mensagens. De acordo com a advogada, os abusos começaram após crises de ciúmes do jogador. Registros de ocorrência foram feitos em delegacias do Rio de Janeiro e do Paraná, onde Larissa pediu uma medida protetiva.
O MP acusa Payet de manipulação, humilhação e não assumir publicamente o relacionamento, o que agravou ainda mais o sofrimento emocional de Larissa, que desenvolveu sintomas de ansiedade, depressão e dependência emocional.
A denúncia afirma que Payet agiu com atitudes, expressões injuriosas e degradantes, além de ter manipulado e ridicularizado Larissa. A advogada Sheila Lustoza, expressou surpresa com a decisão do MP de reconsiderar o arquivamento do caso, mas afirmou confiar na justiça, que reconheceria a inocência de Payet. Por outro lado, os advogados de Larissa comemoraram a decisão, destacando a importância de combater condutas lesivas à dignidade das mulheres, independentemente do status público do acusado.
O caso chamou atenção pela gravidade das acusações e pela forma como o relacionamento foi descrito, caracterizando-se como instável e emocionalmente destrutivo para Larissa. O MP pediu a condenação de Payet, bem como o pagamento de danos morais e eventuais custos com tratamentos de saúde que Larissa tenha necessitado em decorrência dos abusos. O desfecho deste processo pode estabelecer um precedente importante no combate à violência psicológica, especialmente em relações de poder e com figuras públicas envolvidas.
