A advogada Larissa Ferrari, ex-companheira de Dimitri Payet, jogador do Vasco, trouxe à tona denúncias graves contra o atleta francês. Em entrevista ao programa “Domingo Espetacular”, da TV Record, ela relatou episódios de agressões físicas, psicológicas e sexuais ocorridas durante um relacionamento de cinco meses com o jogador. Conforme relatado, Larissa chegou a registrar boletim de ocorrência contra Payet, alegando comportamentos abusivos por parte dele, incluindo exigências degradantes como lamber o chão e o lixo a mando do atleta.
Durante o depoimento, Larissa relatou: “Ele queria que eu provasse meu amor por meio de atitudes. Eu gravava vídeos onde lambia o chão, lambia o lixo. Eu chorava, mas não pedia pra parar.” Ela também descreveu um suposto casamento simbólico sugerido por Payet, além de relatar que foi puxada pelos cabelos e submetida a relações forçadas. Segundo a advogada, esses episódios deixaram consequências emocionais severas, que a levaram a procurar tratamento psicológico e psiquiátrico.
Payet, por sua vez, nega todas as acusações. Em sua defesa, afirmou que nunca houve agressão e que todas as práticas entre ele e Larissa foram consensuais. O jogador sustentou que a relação era baseada em práticas sadomasoquistas e que os vídeos enviados por Larissa eram espontâneos. Inclusive, declarou que a advogada queria manter o relacionamento na França, algo que ele não aceitou. O Ministério Público, até o momento, solicitou o arquivamento do inquérito, mas a defesa de Larissa entrou com recurso, alegando que a decisão não é definitiva.
Ainda segundo Larissa, em uma das ocasiões mais traumáticas, Payet teria enfiado sua cabeça no vaso sanitário e exigido que ela o lambesse. Ela também alegou que chegou a vomitar em cima do jogador em razão da brutalidade do ato. Em resposta, Payet afirmou que essas ações foram combinadas e inclusive sugeridas por Larissa, negando qualquer tipo de imposição. O francês também declarou que nunca foi informado sobre os transtornos psicológicos que ela afirma possuir, como o transtorno de personalidade borderline.
O caso ganhou ainda mais repercussão após Larissa divulgar vídeos e imagens nas redes sociais, incluindo registros de hematomas que, segundo a defesa de Payet, seriam resultantes de práticas sexuais consentidas. A advogada afirma que o jogador tinha conhecimento de sua condição de saúde mental e, mesmo assim, a teria exposto a situações humilhantes. Em um dos vídeos enviados por Larissa ao jogador, ela aparece bebendo sua própria urina, com a cabeça dentro do vaso sanitário. Payet sustenta que o conteúdo foi enviado voluntariamente por ela, sem qualquer coação.
O Vasco, por meio de nota oficial, informou que não foi notificado pelas autoridades competentes até o momento. O clube afirmou que Payet está colaborando com as investigações e que já prestou depoimento na Delegacia de Atendimento à Mulher. A equipe carioca ressaltou que aguarda o desfecho do caso pelas vias legais e reforçou sua postura institucional diante das acusações envolvendo o atleta.
