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Investigação indica causas do acidente que matou Diogo Jota e André Silva

O cenário segue sendo analisado para esclarecer todos os fatores que levaram à fatalidade

O atacante português Diogo Jota, de 28 anos, e o irmão André Silva, de 25, morreram na madrugada de quinta-feira (03) após um grave acidente ocorrido na rodovia A-52, na altura de Cernadilla, província de Zamora, Espanha. Ambos estavam a bordo de um Lamborghini Huracán, que saiu da pista, colidiu e pegou fogo por volta de 00h30 (horário local), conforme apontado pelas autoridades de trânsito.

Segundo informações divulgadas pela Guarda Civil da Espanha e reproduzidas pelo jornal El Mundo, a principal hipótese das autoridades é que uma falha na roda do veículo, somada ao excesso de velocidade, tenha causado a tragédia.

A investigação, que segue em andamento, é conduzida pelo tribunal de Puebla de Sanabria, sob responsabilidade da juíza Elena Rubio González.

Resultados preliminares da perícia

A Brigada de Trânsito de Zamora apontou que os vestígios encontrados no asfalto — como marcas deixadas por uma das rodas — foram cruciais para as conclusões iniciais. Apesar das dificuldades causadas pelo incêndio no veículo, foi possível determinar que o pneu do carro teria estourado durante uma ultrapassagem.

A velocidade permitida no trecho da A-52 é de 120 km/h, e os peritos indicam que o carro trafegava acima desse limite. Ainda segundo os relatórios, Diogo Jota conduzia o automóvel no momento da colisão.

Destino da viagem e impedimentos médicos

Os dois irmãos seguiam em direção a Benavente, cidade espanhola localizada a aproximadamente 60 quilômetros do local do acidente. O destino final da viagem era Santander, também na Espanha, de onde embarcariam em um navio com destino a Portsmouth, no Reino Unido.

O atacante do Liverpool havia sido recentemente submetido a uma cirurgia pulmonar e, por recomendação médica, estava impedido de viajar de avião devido à pressão atmosférica, o que justificou o deslocamento terrestre.

Reconhecimento e despedida

A identificação dos corpos foi feita pelos próprios familiares, com base na posição em que foram encontrados e nos objetos pessoais que portavam. O funeral aconteceu no sábado (05) na cidade de Gondomar, região do Porto.

A cerimônia reuniu amigos, parentes e figuras do futebol. Representando o Liverpool, clube que Jota defendia, estiveram presentes o zagueiro Virgil van Dijk e o lateral Andy Robertson, que levaram duas coroas de flores — uma com o número 20, usado pelo atacante, e outra com o número 30, utilizado por André Silva no Penafiel.

Continuidade das investigações

As autoridades espanholas continuam apurando os detalhes do caso, incluindo o estado de conservação da pista, que pode ter contribuído para o acidente. O laudo final será emitido pelo Departamento de Trânsito de Zamora.

Enquanto isso, o cenário segue sendo analisado para esclarecer todos os fatores que levaram à fatalidade. Conforme ressaltado pelas equipes envolvidas, a análise completa das causas ainda depende da finalização de exames técnicos e laudos complementares.