A participação de clubes brasileiros na Copa do Mundo de Clubes 2025 gerou repercussão além dos gramados. Flamengo, Fluminense, Palmeiras e Botafogo tiveram boa visibilidade internacional durante o torneio, o que despertou o interesse de clubes europeus.
Conforme análise do jornal espanhol As, a exposição serviu como uma verdadeira vitrine global, impulsionando a saída de nomes relevantes dos elencos nacionais.
Segundo o jornalista Miguel Ángel García, “o planeta descobriu que há estrelas competindo fora da Europa” e, a partir disso, times do Velho Continente aproveitaram a janela de transferências do meio do ano para buscar reforços entre os destaques brasileiros.
Botafogo: maior baixa entre os participantes
Dentre os clubes que disputaram o Mundial, o Botafogo foi apontado como o mais afetado. A equipe carioca já havia sofrido perdas significativas desde a conquista da Libertadores no ano anterior, com as saídas de Thiago Almada para o Lyon e Luis Henrique para o Zenit.
Posteriormente, o time viu a dupla Igor Jesus e Jair Cunha ser transferida para o Nottingham Forest, da Inglaterra. A saída do centroavante já estava prevista, mas sua atuação contra o PSG reforçou o interesse europeu.
Fluminense, Palmeiras e Flamengo também negociam titulares
No Fluminense, a transferência de Jhon Arias ganhou destaque. O jogador, que disputou a semifinal do Mundial, realizou o sonho de atuar na Europa ao ser anunciado pelo Wolverhampton. A publicação espanhola descreveu a mudança como uma realização pessoal: “O sonho de Jhon Arias se cumpriu”.
No Palmeiras, Richard Ríos se transferiu para o Benfica. O meia colombiano, de 25 anos, foi classificado pelo As como “um dos jogadores mais talentosos da América do Sul”. Já no Flamengo, duas peças importantes deixaram o clube: Gerson acertou com o Zenit, enquanto o lateral-direito Wesley foi anunciado como reforço da Roma.
Reflexo da vitrine global
A reportagem espanhola atribui esse movimento à crescente valorização dos atletas brasileiros diante de um cenário internacional cada vez mais atento ao mercado sul-americano. Ainda segundo o texto, “os clubes europeus notaram isso, identificando um mercado atraente para seus interesses entre os jogadores brasileiros”.
A avaliação foi direta: “Desde a Copa do Mundo de Clubes, nenhum dos clubes mencionados conseguiu manter todas as suas estrelas”.
Por fim, o diário conclui que essa realidade se impõe como “o preço a se pagar pelos menos poderosos”, em referência às dificuldades enfrentadas por equipes sul-americanas diante do poderio financeiro europeu.