A eliminação do Manchester City para o Al-Hilal na Copa do Mundo de Clubes segue repercutindo negativamente na Inglaterra e elevando a pressão sobre Pep Guardiola. A derrota por 4 a 3, ocorrida na prorrogação da partida disputada na segunda-feira (30), encerrou de forma inesperada a participação dos ingleses no torneio. O resultado foi classificado como vexatório por parte da imprensa, diante da expectativa criada sobre o favoritismo da equipe europeia.
Primordialmente, o tropeço escancara um cenário já desgastado. O City chega ao fim da temporada 2024/25 com apenas a conquista da Supercopa da Inglaterra. A equipe terminou a Premier League na terceira colocação, distante do campeão Liverpool, foi eliminada nas oitavas da Champions League e caiu na quarta rodada da Copa da Liga Inglesa. Além disso, perdeu a final da Copa da Inglaterra para o Crystal Palace, clube que até então não havia conquistado títulos expressivos.

Conforme declarou Guardiola após a partida, o desempenho da temporada está aquém do esperado. “Segundo nossos padrões, essa será uma temporada ruim”, reconheceu o treinador. Ele também destacou o peso da comparação com os anos anteriores, quando o City dominou o cenário nacional e europeu. A sequência de resultados negativos tem gerado questionamentos internos e externos sobre a condução do planejamento técnico.
Ainda assim, o episódio mais marcante da eliminação ocorreu ao final do tempo normal. Guardiola demonstrou clara insatisfação com a arbitragem, correndo em direção ao juiz após o apito final. O técnico reclamou do encerramento do jogo no momento em que o City partia para mais um ataque. “Você está de brincadeira?”, questionou o treinador, conforme repercutido pelo jornal Marca. A atitude refletiu o clima tenso que se instalou após o revés.
Outro fator que ampliou o impacto da derrota foi o desempenho dos jogadores do Al-Hilal, que contaram com forte participação de atletas brasileiros. Dois dos gols do time saudita foram marcados na prorrogação, consolidando uma classificação histórica que surpreendeu o futebol europeu. A queda do City foi descrita como “zebra” por veículos especializados, o que evidencia o tom de frustração entre torcedores e analistas.
Por conseguinte, o Manchester City retorna à Inglaterra pressionado e com a imagem arranhada. A diretoria e a comissão técnica agora terão um período de férias antes do início da pré-temporada. Entretanto, a cobrança sobre Guardiola tende a ser intensificada nos próximos meses, principalmente por conta do insucesso na principal competição intercontinental e do baixo rendimento recente.