O presidente da Fifa, Gianni Infantino, utilizou a véspera da final do Mundial de Clubes entre Chelsea e PSG para fazer um balanço da competição e reforçar sua importância no calendário global. A coletiva foi realizada em Nova York, local da decisão, neste sábado (12 de julho), às vésperas da partida marcada para domingo, às 16h (horário de Brasília).
Durante o evento, Infantino revelou que o torneio gerou aproximadamente 2,1 bilhões de dólares em receitas, com média de 33 milhões por partida. Os valores consideram cotas de televisão, patrocínios, bilheteria e acordos comerciais, consolidando o torneio como o mais lucrativo entre as competições interclubes promovidas pela Fifa.
“O Mundial de Clubes foi um enorme, enorme sucesso. A era de ouro do futebol acabou de começar”, declarou Infantino ao lado de ex-jogadores como Ronaldo, Kaká, Del Piero, Roberto Baggio, Stoichkov e Cambiasso.
Apesar dos números expressivos, o dirigente foi questionado sobre o futuro do torneio. Evitou cravar detalhes, mas admitiu que mudanças estão em análise para a próxima edição, prevista para 2029. O Brasil aparece como um dos postulantes a sede, concorrendo com Espanha, Marrocos e Arábia Saudita.
Infantino despistou ao ser perguntado sobre a possibilidade de o Mundial ser disputado a cada dois anos, mas reconheceu que o formato atual pode passar por ajustes. “Claro que queremos trazer melhorias. Recebemos críticas justas, principalmente sobre o sistema de participação dos clubes”, comentou ao tratar da limitação de quatro equipes por país, o que impediu a presença de mais clubes europeus no atual modelo.
Em apoio ao presidente da Fifa, Ronaldo foi direto ao rebater críticas. “Eu vi só dois caras fazendo críticas sobre a Copa do Mundo de Clubes. Um deles odeia tudo que não é a Liga. O outro a gente respeita, mas eu penso que é como o presidente falou: são fatos e números”.
Também presente na coletiva, o búlgaro Stoichkov reagiu à resistência de treinadores e dirigentes europeus. Segundo ele, reclamações sobre excesso de jogos são contraditórias frente ao calendário apertado das competições da Uefa. “Em algumas ligas europeias, alguns treinadores e jogadores se queixam, mas não estão aqui. Estão de férias e criticando. Quantos jogos estão jogando?”, questionou o ex-jogador.
Embora tenha evitado antecipar mudanças, Infantino reforçou o compromisso com a continuidade do torneio no calendário. “Vamos pensar nisso só mais para frente. Agora, iremos à frente com isso, e aí, em 2029 nós veremos”, finalizou.