domingo, agosto 3, 2025
18 C
São Paulo

A denuncia de Mbappé sobre assédio moral e tentativa de extorsão

O nome de Kylian Mbappé voltou aos holofotes fora dos gramados, desta vez por uma denúncia gravíssima. O craque francês, atualmente no Real Madrid, entrou com uma queixa formal contra seu ex-clube, o Paris Saint-Germain (PSG), por assédio moral e tentativa de extorsão. O Ministério Público de Paris confirmou na quinta-feira (26) que uma investigação judicial foi oficialmente aberta.

Um bastidor tóxico e estratégico

Segundo o jornal L’Équipe, a denúncia se refere ao período de renovação contratual em 2023, quando o PSG tentou forçar Mbappé a renovar o vínculo. O clube teria isolado o atacante no chamado “loft” — prática que afasta jogadores dos treinos e jogos oficiais como forma de pressão. Isso porque o PSG queria evitar que Mbappé saísse sem custos ao fim do contrato. Por isso, a tática foi utilizada na tentativa de acelerar uma renovação ou forçar sua venda.

Cabe ressaltar que essa prática, apesar de comum, tem sido cada vez mais questionada. Em janeiro de 2024, o Sindicato dos Jogadores Profissionais da França entrou com uma denúncia contra clubes que utilizam esse método, classificando-o como assédio moral e extorsão.

R$ 330 milhões também estão em jogo

Além disso, Mbappé está em disputa financeira com o PSG. O jogador cobra o pagamento de 55 milhões de euros, valor referente a salários e bônus em atraso, o que equivale a cerca de R$ 330 milhões. A alegação é de que o clube não cumpriu com obrigações contratuais mesmo após o retorno do atleta ao time principal.

Vale destacar que o caso não é isolado dentro do próprio PSG. Em maio, a jogadora Kheira Hamraoui, do time feminino, também denunciou o clube por tê-la afastado deliberadamente após uma lesão, com o objetivo de forçá-la a deixar o elenco.

Um alerta para o futebol europeu

Sendo assim, o caso Mbappé reacende discussões sobre os limites éticos nas negociações entre clubes e atletas. Dessa maneira, o futebol europeu encara uma nova realidade judicial, na qual práticas tidas como “comuns” começam a ser legalmente questionadas. Com isso, o PSG passa a figurar no centro de uma polêmica que pode reverberar por todo o mercado da bola.