Com a proximidade do encerramento da primeira edição do Mundial de Clubes em novo formato, a Fifa divulgou um balanço financeiro positivo e reafirmou seu compromisso com o torneio. A competição, realizada em Nova York, gerou aproximadamente US$ 2,1 bilhões em receitas, consolidando-se como o torneio de clubes mais rentável do planeta, segundo a entidade máxima do futebol.
As receitas contabilizadas englobam direitos de transmissão, patrocínios, bilheteria e acordos comerciais. Com um total de 62 partidas disputadas, a média de arrecadação por jogo alcançou a marca de US$ 33 milhões. A final entre Chelsea e PSG, disputada neste domingo (13 de julho), representa o encerramento desta edição histórica.
Durante coletiva realizada na véspera da decisão, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, evitou detalhar o futuro do torneio, mas deixou claro que mudanças estão em avaliação para a edição de 2029. Brasil, Espanha, Marrocos e Arábia Saudita são os países cotados para sediar o próximo evento. Questionado sobre um possível intervalo menor entre as edições, Infantino não descartou a ideia, mas preferiu adiar qualquer decisão definitiva.
“A Copa do Mundo de Clubes da Fifa foi um enorme sucesso. Geramos quase US$ 2 bilhões. Já é a competição de copa mais valiosa do mundo. Chelsea x PSG é uma final fantástica. Não existe outra competição de clubes no mundo que gere 33 milhões de dólares por jogo. Então este torneio já é um sucesso”, declarou o presidente da Fifa.
Além de enfatizar os números, Infantino rebateu críticas de figuras como Jürgen Klopp e Javier Tebas, destacando que a maioria dos clubes vê a competição com bons olhos. Para reforçar o discurso, a Fifa contou com a presença de nomes históricos do futebol, como Ronaldo, Kaká, Roberto Baggio, Del Piero, Stoichkov e Cambiasso.
“Eu vi só dois caras fazendo críticas sobre a Copa do Mundo de Clubes. Um deles odeia tudo que não é a liga. O outro a gente respeita a opinião, mas eu penso que é o que o presidente falou sobre fatos e números”, afirmou Ronaldo durante o evento.
Já Stoichkov adotou um tom mais contundente ao criticar as reclamações de alguns atletas e técnicos europeus. Segundo ele, o torneio não difere em volume de jogos de outras competições, como a Champions League ou a Liga das Nações, e acusou os críticos de estarem de férias enquanto emitiam suas opiniões.
“Quero falar dessa grande invenção que foi a Copa do Mundo de Clubes. Em algumas ligas europeias, alguns treinadores e jogadores se queixam, mas não estão aqui. Estão de férias e criticando porque há muitos jogos”, destacou o ex-jogador búlgaro.
Ainda assim, Infantino reconheceu a existência de pontos a serem melhorados, como o sistema de classificação e o limite de clubes por país. “Vamos pensar nisso só mais para frente. Agora, iremos à frente com isso, e aí, em 2029 nós veremos”, concluiu.