A Uefa anunciou nesta sexta-feira (04 de julho) a aplicação de sanções a seis clubes europeus por descumprimento das normas do Fair Play Financeiro, após análise dos exercícios financeiros de 2023 e 2024. Entre os punidos estão Barcelona, Chelsea, Lyon, Aston Villa, Porto e Hajduk Split.
Os clubes firmaram acordos individuais com a entidade, que preveem penalidades financeiras imediatas e adicionais, caso metas específicas não sejam cumpridas nos próximos anos. O Chelsea recebeu a punição mais severa: 31 milhões de euros de multa incondicional e a possibilidade de pagamento de até 80 milhões de euros, dependendo do cumprimento das exigências estipuladas pela Uefa.
O Barcelona, por sua vez, foi penalizado com 15 milhões de euros de multa incondicional e poderá ter de arcar com até 60 milhões de euros caso não respeite os termos acordados durante o período de dois anos. Já o Lyon terá de pagar 12,5 milhões de euros imediatamente e até 50 milhões de euros adicionais, com um acordo válido até 2027.
Além disso, o Lyon enfrenta um contexto ainda mais delicado. O clube foi rebaixado à segunda divisão francesa por decisão da Direção Nacional de Controle e Gestão (DNCG) da Liga de Futebol Profissional da França e, se a sanção for mantida, ficará fora da Liga Europa na temporada 2025/26. Após a saída de John Textor da presidência, Michele Kang assumiu o comando da equipe.
Outros clubes também foram impactados. O Aston Villa foi multado em 5 milhões de euros, podendo ter de pagar até 20 milhões nos próximos três anos. O Porto recebeu multa de 750 mil euros, com total que pode atingir 5 milhões de euros. Já o croata Hajduk Split foi penalizado em 300 mil euros, com possibilidade de multa adicional de 1,2 milhão de euros.
A Uefa também impôs restrições ao registro de novos atletas nas competições europeias organizadas pela entidade, o que poderá impactar a “Lista A” de jogadores inscritos por esses clubes. A aplicação dessa medida varia conforme o acordo firmado por cada equipe.
Segundo a Uefa, o objetivo do Fair Play Financeiro é evitar que os clubes gastem acima de suas receitas, prevenindo o acúmulo de dívidas com atletas, fornecedores e demais envolvidos no futebol. As punições agora visam forçar maior responsabilidade financeira e transparência nas negociações, principalmente em transferências e empréstimos de jogadores.


