Durante um teste estático na noite de quarta-feira (18), o megafoguete Starship, da SpaceX, explodiu nas instalações da empresa em Brownsville, no Texas. O incidente ocorreu por volta das 23h (01h de quinta-feira, 19, no horário de Brasília), sem deixar feridos, conforme informado por autoridades locais e confirmado pela própria companhia.
A SpaceX, de propriedade do bilionário Elon Musk, esclareceu por meio de um comunicado que a explosão foi resultado de uma “grande anomalia” durante os preparativos para o décimo voo da nave. A empresa destacou que uma zona de segurança havia sido previamente estabelecida ao redor da área de testes, garantindo a integridade de todos os funcionários envolvidos. “Todo o pessoal está são e salvo”, afirmou a nota. Em uma publicação na rede X, Musk chegou a minimizar o ocorrido, descrevendo-o como “só um arranhão”.
De acordo com o empresário, dados preliminares indicam que o incidente pode ter sido causado por uma falha em um recipiente de armazenamento de nitrogênio, conhecido como COPV (Composite Overwrapped Pressure Vessel). “Se a investigação confirmar isso, será a primeira vez que esse tipo de falha acontece nesse projeto”, declarou Musk.
Este não foi o primeiro revés envolvendo a nave Starship. Trata-se do quarto fracasso da empresa apenas em 2025. Anteriormente, já haviam sido registrados problemas em janeiro, março e maio, incluindo perda de contato com a nave e falhas na descida. Apesar desses contratempos, a SpaceX manteve a estratégia de testar sucessivos protótipos a fim de aperfeiçoar gradualmente a tecnologia.
Com 123 metros de altura e capacidade para transportar até 150 toneladas métricas, a Starship é considerada a maior e mais potente nave já construída. Ela é precípuamente projetada para missões de longo alcance, incluindo o transporte de cargas e astronautas para a Lua e, eventualmente, Marte. A Starbase, base de lançamento localizada no sul do Texas, é o principal centro de operações do projeto.
O sistema de testes, conhecido por ser arriscado, inclui voos não tripulados e procedimentos como o retorno do propulsor à plataforma de lançamento. Em missões anteriores, a empresa conseguiu êxito parcial com esse tipo de manobra. Contudo, em outras ocasiões, houve falhas que resultaram na destruição da nave ou na necessidade de redirecionar voos comerciais por precaução.
A SpaceX ressaltou que está colaborando com as autoridades locais para avaliar os danos e evitar novos riscos. A empresa também pediu que a população evite se aproximar da área afetada. A nave não estava programada para decolagem naquele momento, visto que o procedimento se tratava de um teste estático, no qual o foguete permanece ancorado ao solo.
