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SAMUI: governo inaugura novidade importante relacionada ao SAMU

O Ministério da Saúde inaugurou, no última sábado (09 de agosto), o primeiro Serviço de Atendimento Móvel de Urgência voltado exclusivamente a povos indígenas, batizado de SAMUI. A iniciativa teve início no Dia Internacional dos Povos Indígenas e será implantada, de forma piloto, na reserva Aldeia Jaguapiru, em Dourados (MS), atendendo cerca de 25 mil pessoas das etnias Guarani, Kaiowá e Terena.

O SAMUI funcionará 24 horas por dia na área do Hospital da Missão Evangélica Kaiowá. O serviço contará com 14 profissionais, incluindo cinco técnicos de enfermagem, cinco enfermeiros e quatro condutores-socorristas. Dentre eles, sete são indígenas bilíngues, com fluência em português e guarani, fator que, segundo o governo, facilitará a comunicação e tornará o atendimento culturalmente adequado.

A estrutura do projeto inclui uma Central de Regulação Urbana, duas Unidades de Suporte Básico, uma Unidade de Suporte Avançado e duas motolâncias. Os pacientes serão encaminhados a hospitais de referência da região, como o Hospital Universitário da Grande Dourados, que também dispõe de equipes com domínio do idioma guarani.

O secretário de Saúde Indígena, Weibe Tapeba, participou da entrega e destacou que a proposta integra um conjunto de ações para ampliar e qualificar a assistência às comunidades originárias. Segundo ele, a escolha de Dourados como ponto de partida se deu pela alta densidade populacional indígena na região.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, classificou a criação do SAMUI como um marco. “Histórica”, afirmou ele, ressaltando que a medida beneficiará diretamente milhares de indígenas que antes dependiam do Samu municipal, o que aumentava o tempo de espera.

“HISTÓRICO: Inauguramos hoje o PRIMEIRO SAMU INDÍGENA DO BRASIL em Dourados – Mato Grosso do Sul! O SAMUI vai atender 25 mil indígenas das etnias Guarani, Kaiowá e Terena, com profissionais de saúde fluentes em Guarani! É o governo Lula cuidando dos nossos povos indígenas!”, postou Alexandre Padilha.

O governo federal prevê repassar anualmente R$ 341 mil para custear o Samui, enquanto o Samu 192 de Dourados recebe cerca de R$ 2,2 milhões por ano. A meta é ampliar a cobertura para outros territórios até o final de 2026, acompanhando a distribuição prevista de novas ambulâncias em todo o país.

Com a nova ambulância dedicada, o tempo de resposta nos atendimentos deverá ser reduzido pela metade. Conforme o Ministério da Saúde, atualmente o Brasil conta com mais de 4,3 mil veículos do Samu em operação, com planos de entrega de mais 2,3 mil até 2026 — sendo 1,3 mil ainda neste ano.

Além do aspecto operacional, o Samui incorpora elementos simbólicos: cada espaço da base recebe nomes em guarani, reforçando o vínculo com a identidade cultural das comunidades atendidas. O objetivo, segundo a pasta, é oferecer um serviço universal, gratuito e respeitoso às tradições indígenas.