A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão imediata da comercialização, distribuição e uso do lote 2408J5 do suplemento proteico 100% Full Whey, da marca Fullife Nutrition. A medida foi publicada no Diário Oficial da União e inclui também o recolhimento obrigatório do lote em todo o território nacional.
Conforme análise realizada pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), foram identificadas substâncias como trigo, cevada e centeio no produto, contrariando a rotulagem, que indicava ausência de glúten. Tal falha representa risco direto à saúde de pessoas com doença celíaca ou intolerância à substância, podendo causar reações graves como inflamações intestinais e deficiências nutricionais.
Além da presença de glúten, a Anvisa apontou a existência de alegações não autorizadas na embalagem do suplemento. Essas informações foram classificadas como potencialmente enganosas, uma vez que induzem o consumidor a conclusões equivocadas sobre a composição e os benefícios do produto. Segundo o órgão, “a situação configura risco à saúde pública” e exige atenção imediata por parte dos consumidores.
Até o momento, a fabricante SFS Alimentos Ltda. não se manifestou oficialmente sobre a decisão. A Anvisa reforçou que o descumprimento da ordem de recolhimento poderá gerar sanções administrativas adicionais.
Em paralelo, a agência também suspendeu o lote 371LAG2419 da canela-da-china em pó da marca Kinino. A análise, igualmente conduzida pela Funed, detectou presença de amido e matérias estranhas — indicadores de adulteração e contaminação. A presença de substâncias não características da canela, como apontado nos testes, viola os padrões sanitários vigentes e compromete a integridade do produto.
A Anvisa orienta que os consumidores interrompam imediatamente o uso dos produtos e entrem em contato com os pontos de venda ou fabricantes para orientações sobre devolução ou reembolso. “O consumo de produtos com composição adulterada representa risco elevado para celíacos e alérgicos, que dependem de informações corretas nos rótulos”, destacou a agência em nota oficial.
A fiscalização contínua, segundo a Anvisa, é essencial para evitar riscos sanitários e proteger a população contra produtos que não atendem aos critérios legais de qualidade.
