sexta-feira, junho 20, 2025
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YouTube toma atitude importante para usuários que usam bloqueador de anúncios

Nos últimos dias, diversos usuários do YouTube notaram um comportamento inesperado da plataforma ao utilizar bloqueadores de anúncios. Relatos nas redes sociais, principalmente no Reddit e em fóruns de outros navegadores, apontam que a reprodução dos vídeos tem sido prejudicada quando essas ferramentas estão ativas. A tela fica preta por alguns segundos antes do início do conteúdo, o que muitos interpretam como uma forma indireta de penalização.

Embora o Google ainda não tenha confirmado oficialmente que está adotando medidas para dificultar o uso de adblockers, a página de suporte da própria empresa sugere que extensões desse tipo podem causar falhas ou lentidão na reprodução. A recomendação, aliás, é que o usuário tente acessar o YouTube em uma janela anônima, com todas as extensões desativadas, a fim de verificar se o problema persiste.

Essa possível estratégia tem gerado discussões sobre sua real intenção. Afinal, a plataforma já foi acusada anteriormente de aplicar lentidão proposital, como aconteceu em 2023, com pop-ups e travamentos para quem utilizava bloqueadores. A intenção, conforme relatos recorrentes, seria induzir o usuário a assinar o YouTube Premium, serviço pago que remove anúncios e oferece recursos adicionais, como a reprodução em segundo plano e acesso ao YouTube Music Premium.

A depender do plano escolhido, os valores do YouTube Premium no Brasil variam entre R$ 16,90 (versão Lite) e R$ 53,90 (plano Família). O plano mais barato, contudo, apenas remove os anúncios, sem liberar outras funcionalidades.

O modelo de negócios do YouTube é baseado, primordialmente, na receita gerada por anúncios. Essa receita é fundamental para manter a estrutura da plataforma e remunerar os criadores de conteúdo. Assim, quando usuários utilizam bloqueadores, esse ciclo é interrompido, o que afeta tanto a sustentabilidade da plataforma quanto a dos próprios produtores.

Vale destacar que conforme observações de usuários, as medidas restritivas vêm se intensificando, mas o debate permanece aberto.