A Copa América Feminina de 2025 começou com ampla presença brasileira, não apenas dentro das quatro linhas, mas também nas comissões técnicas e na arbitragem. Quatro treinadores nascidos no Brasil estão à frente de seleções sul-americanas, enquanto um trio de árbitras foi escalado para conduzir o jogo de abertura do torneio.
No comando da Seleção Brasileira está Arthur Elias, que assumiu o cargo em 2023. Aos 43 anos, o técnico soma resultados expressivos desde então, como o vice-campeonato na Copa Ouro e a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Paris. Antes da equipe nacional, acumulou oito temporadas no Corinthians, onde conquistou 16 títulos e registrou mais de 80% de aproveitamento.
Outra presença experiente é a de Emily Lima, atual treinadora do Peru. Com 44 anos, ela já havia treinado a Seleção Brasileira principal em 2016, após passagem pelas categorias de base. Desde 2023 à frente da equipe peruana, também exerce papel estratégico na federação, atuando como coordenadora do desenvolvimento do futebol feminino no país.
Ricardo Belli, conhecido por ter vencido a Libertadores com o Palmeiras em 2022, também representa o Brasil. Depois de uma breve passagem pelo Toluca, no México, ele assumiu o comando da Venezuela no início de 2025. Curiosamente, sua estreia na competição ocorre justamente contra a equipe brasileira, em confronto agendado para domingo (13), às 21h (horário de Brasília).
O grupo se completa com Fábio Fukumoto, técnico da seleção paraguaia. Aos 37 anos, Fukumoto começou no futebol feminino em clubes como Ferroviária, Manthiqueira e Ponte Preta, além de atuar na China. Em 2023, dirigiu o time sub-20 do Paraguai e foi promovido à equipe principal neste ano, conduzindo agora sua primeira Copa América Feminina com a categoria adulta.
Enquanto isso, a arbitragem brasileira foi destacada logo na estreia do torneio, realizada na sexta-feira (11). O trio formado por Daiane Muniz (árbitra central), Leila Moreira e Maíra Mastella (assistentes) comandou o jogo entre Equador e Uruguai, encerrado em 2 a 2, no Estádio Banco Guayaquil, em Quito, às 21h (horário de Brasília). Elas integraram um grupo de 30 profissionais sul-americanas que participaram de um seminário preparatório da Conmebol, com foco no alinhamento técnico e disciplinar das árbitras designadas para o torneio.
A escala para o jogo de abertura representa um reconhecimento ao trabalho das brasileiras na arbitragem continental. A Conmebol destacou que a participação em torneios desse porte funciona como um passo importante para futuras nomeações em competições internacionais, como a Copa do Mundo ou torneios de clubes.
Aliás, além das brasileiras, a equipe de arbitragem da partida de abertura também contou com a presença de duas árbitras da Bolívia, como quarta e quinta árbitras, e de uma assessora paraguaia, reforçando a integração entre os países da confederação sul-americana.