Em meio ao empate por 1 a 1 diante do Internacional no último domingo (27 de julho), pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Vasco ganhou motivos para se preocupar e refletir. A partida no Beira-Rio ficou marcada tanto pela atuação consistente do zagueiro Mauricio Lemos quanto pela polêmica expulsão do goleiro Léo Jardim nos minutos finais.
Substituindo o suspenso João Victor, Mauricio Lemos assumiu a titularidade na zaga vascaína e respondeu com segurança. Atuando pelo lado direito da defesa, o uruguaio teve papel importante ao realizar 15 ações defensivas, bloquear sete finalizações e completar 91% dos passes, conforme dados do Sofascore. Sua participação, aliás, incluiu até um corte em cima da linha, o que reforça a boa impressão deixada junto à comissão técnica e aos torcedores.
Enquanto a defesa ganhava um reforço interno, o clube também foi surpreendido por uma decisão contestada da arbitragem. O goleiro Léo Jardim foi expulso por suposta “cera” após relatar dores enquanto estava no chão. A atitude do árbitro Flávio Rodrigues de Souza revoltou Fernando Diniz, que expressou sua indignação ao final da partida.
“Inadmissível o Flávio fazer o que ele fez hoje. Não tem o mínimo cabimento. Eu não me lembro, na minha carreira, ter uma expulsão desse tipo. Ele (Flávio) não é médico. O Léo Jardim falou que estava com dor. Se ele machucou ou não, não é problema dele (árbitro). O que ele pode é dar acréscimo”.
O técnico do Vasco ainda criticou a falta de critério da arbitragem ao afirmar: “Foi extremamente rigoroso e nem critério teve. Se este for o critério, vai ter que expulsar sempre. Quero ver quantos goleiros serão expulsos”. Segundo Diniz, o próprio Léo Jardim teria revelado que o árbitro o ameaçou com a expulsão caso não se levantasse: “O Léo Jardim me falou que o árbitro disse ‘levanta, se não eu vou te expulsar’. Pior ainda”.
O episódio motivou o Vasco a emitir uma nota oficial repudiando a atuação de Flávio Rodrigues e exigindo providências da CBF. No documento, o clube afirmou que “o afastamento do árbitro Flavio Rodrigues de Souza deve ser imediato” e declarou que tomará medidas formais junto à entidade que rege a arbitragem nacional.
Ao mesmo tempo, a diretoria cruz-maltina mantém ativa sua busca por um novo defensor no mercado. A prioridade é por um zagueiro com características de liderança e imposição física. Entretanto, a performance de Mauricio Lemos pode alterar esse planejamento, ao menos temporariamente.
Em meio às turbulências causadas pela arbitragem, o Vasco também começa a enxergar possibilidades de solução para suas deficiências defensivas internas. Afinal, em 40 jogos disputados na temporada, a equipe sofreu 53 gols — média de 1,32 por partida. Nesse cenário, nomes como Lemos ganham ainda mais relevância no elenco.
