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Fifa planeja mudanças para o Mundial de 2026

Entidade máxima do futebol projeta transferir jogos do Super Mundial de 2026 dos Estados Unidos para o Canadá

A Fifa avalia mudanças no planejamento da Copa do Mundo de 2026, originalmente prevista para ocorrer em Estados Unidos, Canadá e México. Apesar da distribuição tripla, a maioria das partidas está programada para território norte-americano. Contudo, entraves consulares e logísticos vêm colocando essa configuração em xeque.

As dificuldades para a emissão de vistos nos EUA têm gerado apreensão entre organizadores e participantes. Os relatos mais recentes apontam que o tempo de espera pode ultrapassar 300 dias em alguns consulados, atingindo cidadãos de ao menos 43 países, como Irã e Brasil. Essa lentidão representa risco direto à presença de delegações, jornalistas e torcedores, além de comprometer a organização do evento e sua cobertura midiática internacional.

A preocupação aumentou após o caso do brasileiro Hugo Calderano, que não obteve visto a tempo de disputar um torneio de tênis de mesa em solo norte-americano. O episódio reforçou os alertas sobre as barreiras enfrentadas por atletas e profissionais do esporte, gerando pressão por soluções imediatas por parte da Fifa.

O presidente da entidade, Gianni Infantino, tenta manter um tom de tranquilidade ao afirmar que “os Estados Unidos continuam sendo um país receptivo” e que o planejamento segue conforme o cronograma. Ainda assim, nos bastidores, há movimentos para uma eventual realocação de jogos para o Canadá, caso a situação persista. “Até o momento, não há uma decisão oficial sobre a realocação dos jogos”, reforçou o dirigente.

O Canadá, por sua vez, é apontado como alternativa estratégica. Além de possuir políticas migratórias mais flexíveis, o país conta com infraestrutura sólida e experiência na organização de eventos esportivos de grande porte, como os Jogos Olímpicos de Inverno de 2010. As redes de transporte e a qualidade dos aeroportos também são vistas como pontos favoráveis.

Além das questões migratórias, outros fatores técnicos estão sendo analisados, como a necessidade de pausas durante tempestades com trovões, comuns em algumas cidades americanas durante o verão. A realização recente do Mundial de Clubes serviu como espécie de teste e levantou alertas sobre esses desafios logísticos nos Estados Unidos.

Enquanto isso, autoridades canadenses se mostram preparadas para assumir um papel mais relevante no torneio. Embora ainda não haja uma decisão definitiva, espera-se que a Fifa defina a nova configuração até o fim de 2025. “O Canadá é uma opção prática”, afirmou uma fonte ligada à organização, em meio às avaliações logísticas e diplomáticas em curso.