Whindersson Nunes voltou a tratar publicamente da saúde mental, desta vez em participação no podcast “Parece Terapia”, comandado pela psicóloga Pamela Magalhães. O humorista abordou momentos sensíveis da vida pessoal, principalmente a perda do filho João Miguel, além de revelar detalhes sobre a recente internação voluntária em uma clínica psiquiátrica.
O comediante, que tem se mostrado aberto sobre sua luta contra a depressão nos últimos anos, relatou que buscou ajuda especializada no início deste ano. A internação ocorreu em uma clínica no interior de São Paulo, com o objetivo de cuidar da saúde mental. Ele recebeu alta ao final de março, conforme informado pela equipe médica responsável, que avaliou positivamente a evolução do quadro clínico.
Durante o bate-papo, Whindersson destacou sua preferência por lidar com momentos delicados de forma reservada. Segundo ele, o recolhimento é uma escolha pessoal e funcional em períodos de fragilidade emocional. “Acho que sou mais de ficar só mesmo. E assim, não estou num momento de dor, nem num momento difícil. Eu fico bem sozinho. Prefiro”, explicou.
Ao falar sobre a perda do filho, nascido prematuramente em maio de 2021 e falecido dois dias depois, Whindersson criticou a maneira com que algumas pessoas abordam o luto. “Quando eu perdi um filho, apareceu muita gente dizendo: ‘Ah, mas você vai ter outro, relaxa…’. Como se o problema fosse eu não ter uma criança física comigo. Mas não é isso”, desabafou.
Ele também reforçou que ter outro filho não resolveria o impacto emocional vivido com a morte de João Miguel. “Sim, posso ter outros filhos, se eu quiser. Já teria tido, para falar a verdade. Mas não é assim que funciona. Essas coisas irritam. Não me tiram do sério, mas me irritam um pouco”.
Aliás, o humorista reforçou que vem utilizando diferentes formas de enfrentamento nos últimos anos, como terapia, medicação e até práticas como ioga. Para ele, buscar apoio profissional é essencial para desmistificar o debate sobre saúde mental, ainda envolto em estigmas e julgamentos.
Anteriormente, Whindersson já havia se manifestado sobre episódios de ansiedade e tristeza profunda. A perda do filho intensificou esse cenário, o que contribuiu para sua decisão de procurar tratamento mais intenso, conforme ele mesmo relatou durante o podcast.
Por fim, o humorista indicou que, embora não se sinta mais em crise, continua atento aos próprios limites e consciente da necessidade de acolhimento especializado. Ele opta, quando necessário, por se afastar de interações sociais que não respeitem o seu tempo ou a profundidade do que sente.