O primeiro duelo entre Corinthians e Palmeiras pelas oitavas de final da Copa do Brasil foi marcado por uma das principais controvérsias da temporada: o impedimento no gol palestrino anulado pelo VAR. Além disso, a situação gerou muita discussão porque envolveu uma decisão milimétrica, que mexeu diretamente com o resultado do jogo na Neo Química Arena. Com isso, a análise técnica da ex-árbitra Nadine Bastos trouxe luz para o episódio, deixando claro o grau de complexidade e a necessidade de evolução nos recursos tecnológicos da arbitragem.
“Parece mesma linha”, mas o VAR falou diferente
Durante a transmissão do Prime Video, Nadine Bastos classificou a jogada como “muito difícil” de avaliar só com imagens paradas. Ela explicou que “parece mesma linha”, mesmo que o VAR tenha marcado impedimento. Cabe ressaltar que, para a ex-árbitra, a confusão vem porque a linha parecia traçada sobre o braço do jogador, mas a parte do ombro é a que define a posição na jogada.
Sendo assim, Nadine enfatizou: “Esses lances de impedimentos milimétricos sempre serão questionados.” Além disso, a especialista apontou que “Ano que vem talvez tenha o impedimento semiautomático, que não é traçado pelos árbitros”, o que poderá diminuir as polêmicas desse tipo.
Abel Ferreira e a cobrança por uma arbitragem mais moderna
Além da polêmica do gol anulado, Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, não escondeu sua insatisfação com a arbitragem. Ele reclamou da “ferramenta do século passado” usada para traçar as linhas de impedimento e criticou as divergências de marcação, especialmente num lance envolvendo Memphis Depay e Gustavo Gómez.
“O árbitro estava muito próximo ao lance e nada marcou, enquanto o auxiliar e o VAR tiveram outra opinião, mesmo não tendo o mesmo campo de visão.” Dessa maneira, o treinador reforçou a necessidade urgente de modernização dos recursos de arbitragem para evitar essas situações.
Palmeiras precisa virar o jogo para seguir na Copa do Brasil
O revés por 1 a 0 no jogo de ida obriga o Verdão a uma remontada no Allianz Parque. Isso porque a equipe terá que vencer por dois ou mais gols para avançar no tempo regulamentar. Qualquer vitória mínima leva a decisão para os pênaltis. Por isso, o Timão pode administrar um empate para garantir vaga nas quartas de final, além de uma cota de R$ 4,74 milhões.
Vale destacar que, antes do reencontro decisivo, o Palmeiras encara o Vitória, enquanto o Corinthians enfrenta o Fortaleza, partidas que poderão ter times alternativos para preservar jogadores para o clássico. Dessa forma, o cenário está montado para um confronto ainda mais eletrizante.