O SBT completa um ano sem a presença do icônico Silvio Santos, e os reflexos desse vazio na emissora são evidentes. Além da ausência do “rei dos domingos”, que marcou gerações, o canal enfrenta sua pior crise de audiência, com mudanças repentinas na programação e instabilidade que preocupam tanto o público quanto os profissionais da casa.
O legado de Silvio Santos e a ausência que pesa
Neste domingo (17), faz exatamente um ano desde que Silvio Santos faleceu, deixando suas filhas, Patricia Abravanel e Daniela Beyruti, à frente do comando do SBT. Segundo Luciano Guaraldo, do site especializado ‘Notícias da TV’, o momento atual da emissora é definido como a “pior crise da sua história”.
Além disso, a emissora se aproxima mais da Band nos números de audiência do que da Record, tradicional rival. Isso porque a ausência de Silvio expôs a fragilidade da programação e a dificuldade de manter a liderança que antes era consolidada.
Instabilidade e mudanças repentinas na grade
Cabe ressaltar que, em 1º de agosto, a Comunicação do SBT anunciou alterações na programação matinal, incluindo a inversão dos horários de “Primeiro Impacto” e “Alô, Você”, e o infantil “Bom Dia & Cia” assumindo a faixa de almoço na Grande São Paulo.
Sendo assim, Luiz Bacci seria beneficiado com parte de seu telejornal transmitida nacionalmente, e Marcão do Povo passaria a ir ao ar mais cedo. Com isso, a emissora buscava alavancar audiência, mas, menos de duas horas depois, tudo foi cancelado.
Desse jeito, a instabilidade foi reforçada, gerando confusão entre público e imprensa.
Estratégias questionáveis e polêmicas
Outro episódio que evidencia a crise ocorreu em julho, quando Ratinho afirmou que o “No Alvo” poderia não estrear por decisão de Pablo Marçal. Entretanto, Marçal esclareceu que nunca tentou impedir a exibição, interpretando a situação como “estratégia de marketing”. Vale destacar que essas ações contribuem para a percepção de que o SBT não sabe como lidar com o mercado competitivo de 2025, onde cada erro custa caro.
Reflexos e lições para o futuro
Desse jeito, a emissora se vê obrigada a fazer apostas constantes, como afirmou Daniela Beyruti: “São apostas. Dando certo, mantém; não dando certo, a gente troca”. Por isso, é fundamental que haja planejamento estratégico e consistência, porque a paciência do público e da imprensa é limitada.
Além disso, manter a credibilidade e a previsibilidade da programação será essencial para recuperar a confiança e superar a crise histórica que o SBT enfrenta.
Sendo assim, 1 ano sem Silvio Santos não é apenas uma lembrança da ausência do apresentador, mas também um alerta sobre os desafios de conduzir uma emissora em um cenário de intensa concorrência e exigência do público.