Nos destaques recentes do universo vascaíno, três temas movimentaram a torcida e os bastidores do clube. A venda do zagueiro João Victor ao CSKA, da Rússia, trouxe lucro indireto ao Corinthians por meio do mecanismo de solidariedade da FIFA. Em meio à celebração dos 127 anos do clube, Pablo Vegetti fez uma declaração emocionante sobre sua relação com o Vasco. Por fim, a derrota para o Juventude reacendeu críticas sobre o desempenho da equipe, com o técnico Fernando Diniz fazendo duras observações. A seguir, veja os detalhes de cada um desses acontecimentos que marcaram a semana vascaína.
Venda de João Victor beneficia o Corinthians
A recente negociação envolvendo o zagueiro João Victor, vendido pelo Vasco ao CSKA por 4 milhões de euros (aproximadamente R$ 25,5 milhões), gerou repercussão não apenas por movimentar o mercado, mas também por beneficiar o Corinthians. O clube paulista, que formou o jogador entre os 19 e 23 anos, terá direito a cerca de 100 mil euros (R$ 638 mil) graças ao mecanismo de solidariedade da FIFA, criado para recompensar os clubes formadores de atletas.
Esse mecanismo, implantado nos anos 2000, prevê a distribuição de percentuais das transferências a equipes que participaram do desenvolvimento do jogador entre os 12 e 23 anos. No caso de João Victor, além do Corinthians, Botafogo-SP e Atlético-MG também serão beneficiados proporcionalmente ao tempo em que o atleta esteve em suas categorias de base.
A passagem do defensor pelo Vasco foi marcada por altos e baixos, com 75 jogos, três gols e cinco expulsões. Seu desempenho irregular e episódios de confronto com torcedores em treinamentos contrastam com sua fase no Corinthians, onde foi titular sob o comando de Vagner Mancini e atuou em 79 partidas pelo time profissional.
Agora no CSKA, João Victor enfrentará forte concorrência na defesa. O clube russo, que ocupa a terceira colocação no campeonato nacional, oferecerá ao atleta a oportunidade de reviver os bons momentos da carreira, enquanto os clubes formadores colhem os frutos dessa movimentação internacional.
Vegetti homenageia os 127 anos do Vasco
Em meio às comemorações pelos 127 anos de fundação do Vasco da Gama, o atacante Pablo Vegetti emocionou a torcida com declarações que ressaltam seu envolvimento emocional com o clube. O argentino destacou a honra e a responsabilidade de vestir a camisa cruzmaltina, reforçando seu papel como referência e líder do elenco atual.
“É uma honra e um orgulho muito grande. Mas acima de tudo uma grande responsabilidade, porque carregar a Cruz de Malta no meu peito é representar milhões de vascaínos”, afirmou.
Vegetti também fez questão de destacar a força da torcida vascaína, a quem considera um “jogador extra” em campo. A presença constante e vibrante dos torcedores, seja em São Januário ou fora de casa, é vista pelo centroavante como combustível essencial para o desempenho da equipe.
Entre as lembranças marcantes, o atacante apontou a vitória nos pênaltis contra o Athletico-PR pela Copa do Brasil de 2024 como símbolo da superação e do espírito combativo que o Vasco representa. Para ele, momentos como esse traduzem a essência da camisa que defende.
Vegetti encerrou sua participação deixando uma mensagem otimista à torcida. Pediu que os vascaínos confiem no elenco e acreditem na virada que, segundo ele, já está em curso. O discurso reforça sua imagem como um dos líderes emocionais do grupo e símbolo da conexão entre o presente e o passado do clube.
Diniz critica desempenho do Vasco após derrota
A derrota por 2 a 0 para o Juventude, em partida adiada da 14ª rodada do Brasileirão, expôs novamente a fragilidade do Vasco. Após o confronto em Caxias do Sul, o técnico Fernando Diniz não poupou críticas ao desempenho da equipe, classificando a atuação como desconcentrada e apática desde os primeiros minutos.
“Estivemos abaixo desde os primeiros segundos de jogo. Com nível de concentração baixo. O Juventude jogou com mais interesse na partida”, afirmou o treinador.
O lance que abriu o placar, um pênalti cometido por Lucas Piton com menos de 30 segundos de jogo, foi considerado por Diniz como determinante para o andamento da partida. Ele ressaltou que o erro poderia ter sido evitado com mais atenção e preparo da defesa.
Apesar de o Vasco ter tido mais posse de bola por parte da primeira etapa, o segundo gol, sofrido após uma ligação direta do goleiro adversário, evidenciou as falhas de marcação e a vulnerabilidade da equipe em lances simples. O técnico lamentou que o time não soube se proteger em momentos cruciais.
Ao final, Diniz defendeu o atacante Vegetti das críticas por sua atuação discreta, afirmando que o rendimento ruim foi coletivo. O treinador mantém esperanças de recuperação já na próxima rodada, quando o Vasco enfrenta o Corinthians em São Januário, e ainda busca reagir na tabela para fugir do rebaixamento.