A dívida do Corinthians com o atacante Memphis Depay atingiu o montante de R$ 23 milhões, conforme confirmado em reunião do Conselho de Orientação (Cori) realizada na quarta-feira passada e divulgado pelo UOL Esporte.
O encontro tratou de diferentes pautas administrativas, entre elas os detalhes contratuais do jogador, que seguem gerando desconforto entre conselheiros e parte da diretoria. O UOL teve acesso à ata da reunião, que detalha que a quantia em aberto, além de parcelas de luvas contratuais.
Memphis possui cinco contratos ativos com o Corinthians, incluindo o vínculo de trabalho registrado na CBF. O modelo de acordos firmados no momento da contratação, considerado complexo e oneroso, tem sido motivo de debate interno.
No dia 15 de setembro, venceu a segunda parcela das luvas, no valor aproximado de 1 milhão de euros (cerca de R$ 6,1 milhões, na cotação atual). Essa quantia faz parte de um acordo firmado entre o clube e o estafe do atacante, no qual o Corinthians reconheceu cerca de R$ 18 milhões em dívidas anteriores.

A proposta aprovada previa o pagamento de metade do valor de forma parcelada até fevereiro de 2026, e a quitação do restante em parcela única no mês de março.
Renegociação e acompanhamento
Procurada pela reportagem, a diretoria do Corinthians afirmou que todo o montante devido a Depay foi renegociado em novas parcelas e que o presidente Osmar Stábile mantém contato constante com o jogador e seus representantes para evitar novos atrasos.
Segundo o clube, a medida visa garantir estabilidade nas relações contratuais e preservar o vínculo com o atleta até o fim do compromisso atual.
Questionamentos sobre o contrato
Durante a mesma reunião, o diretor jurídico do Corinthians, Pedro Soares, classificou o contrato de Memphis como “fora da realidade” para os padrões financeiros do clube. O dirigente destacou que o acordo prevê remuneração líquida, sem incidência de impostos, o que ele considera insustentável a longo prazo.
Pedro sugeriu ainda que os responsáveis pela negociação inicial sejam ouvidos pelo Cori para esclarecer as condições do acordo. A preocupação central é o impacto do contrato nas finanças do clube, que segue enfrentando dificuldades de fluxo de caixa em meio a altos compromissos salariais e despesas operacionais.


