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A declaração de Oswaldo de Oliveira envolvendo Ancelotti: “que volte um brasileiro…”

Na manhã desta terça-feira (04 de novembro), a sede da CBF recebeu o 2º Fórum Brasileiro dos Treinadores de Futebol, no Rio. O encontro homenageou técnicos brasileiros e Carlo Ancelotti, que recebeu placa da organização da federação de treinadores.

Leão e Oswaldo de Oliveira defenderam a volta de técnicos do país e causaram constrangimento ao lado do italiano. Vale destacar que a CBF apenas cedeu o espaço para o evento e não tem relação com o ocorrido.

Durante pronunciamento, Oswaldo de Oliveira reverenciou Ancelotti e defendeu que um brasileiro volte a comandar a Seleção. “Depois que ele for embora, campeão do mundo, que venha um brasileiro”.

Emerson Leão seguiu a linha de Oswaldo e disse que não gosta de treinadores estrangeiros no Brasil, mas atribuiu a “invasão” à queda de qualidade local. Ele disse ter mudado de ideia no próprio discurso. O ex-goleiro falou diante de Vagner Mancini e de Ancelotti.

Carlo Ancelotti comanda treino da Seleção (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)
Carlo Ancelotti comanda treino da Seleção (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)

“Eu sempre disse que eu não gosto de treinadores estrangeiros no meu país, e isso serve para o Mancini, que é o presidente (da Federação Brasileira de Treinadores). Estou falando aqui na frente da nossa casa. Antes eu falava que eu não suportava, não suportaria treinadores (estrangeiros). Você sabe que eu já falei isso, né, Zé (Mário, ex-jogador e ex-treinador presente ao evento)? Você sabe que eu já falei isso e não mudo. Não mudo a minha opinião. Mas tenho que ser inteligente o suficiente pra dizer que isso tudo tem um culpado. Nós. Nós, treinadores, somos culpados da invasão de outros treinadores que não têm nada a ver com isso”.

No fim do discurso, Leão desejou sorte a Vagner Mancini. Ele também ressaltou que falava de erros dos próprios técnicos, sem citar o nome de Ancelotti.

“Não estamos falando de nome, não estamos falando de nacionalidade. Estamos falando de erro nosso. Eu já parei. Eu não sou mais treinador, não sou mais atleta. Mas continuo dando a minha colaboração quando solicitado. Portanto, mudei de ideia nesse exato momento. Quero falar a você, Vagner. Já fui presidente de sindicato, de tudo. Vagner pode contar comigo com toda a colaboração que você precisar de um treinador antigo para passar algumas coisas para o jovem. Tem o Zé Mário também, que é meu companheiro. Eu vejo vários companheiros aqui. E muitos novos que eu não conheço. Inclusive, ex-jogadores que trabalharam comigo que eu não reconheço”.