A crise que assola o Santos na reta final do Campeonato Brasileiro continua a repercutir fora de campo. Nesta semana, o ex-jogador Walter Casagrande atribuiu parte da responsabilidade do momento vivido pelo clube à figura de Neymar.
Em sua coluna no portal UOL, Casagrande fez críticas diretas ao atacante e ao entorno que o acompanha na gestão do futebol santista.
“Que tristeza ver o time do Rei Pelé nas mãos dessa gente! Marcelo Teixeira, Neymar pai e Neymar Jr. estão levando o grande Santos para a destruição”, escreveu o ex-atacante da Seleção Brasileira.
Casagrande também questionou a permanência do jogador em caso de rebaixamento do Santos para a Série B, reforçando a dúvida sobre o comprometimento do atleta com o projeto santista a longo prazo.

“Uma pergunta: Se o Santos cair para a Série B, o Neymar ficará para ajudar? Não tenho dúvidas de que, além de sair para algum outro clube que ficará pagando o alto salário, seus ‘aliados’ ficarão pressionando Ancelotti para convocá-lo e levá-lo à Copa do Mundo”, concluiu.
Direção reconhece cenário incerto
Internamente, a diretoria do Santos compartilha da preocupação com o futuro do jogador. Após a derrota por 2 a 0 para o Palmeiras, na última quinta-feira (6), o clube voltou à 17ª colocação na tabela, com 33 pontos, e permanece na zona de rebaixamento.
Fontes ouvidas pela ESPN confirmaram que a continuidade de Neymar em 2026 dependerá diretamente da permanência do Peixe na elite do futebol brasileiro.
Segundo as mesmas fontes, se o Santos conseguir evitar a queda, o mais provável é que o atacante renove seu contrato. No entanto, em caso de rebaixamento, a manutenção do camisa 10 é considerada “inviável” diante da inevitável queda nas receitas e da dificuldade em arcar com os valores de seu contrato.
Impacto esportivo e financeiro
Desde o retorno de Neymar à Vila Belmiro em 2025, o Santos tentou capitalizar com marketing, bilheteria e visibilidade, apostando no jogador como símbolo da reconstrução. No entanto, as lesões constantes limitaram sua participação em campo, e o time não conseguiu deslanchar no Brasileirão.
Com apenas sete rodadas restantes, o clube depende de uma recuperação imediata para escapar da queda.


