O Corinthians busca alternativas para reduzir sua dívida – estimada em R$ 2,7 bilhões, com cerca de R$ 655 milhões ligados ao financiamento da Neo Química Arena, considerado um dos principais compromissos financeiros do clube. O restante se refere a tributos, empréstimos, pendências com atletas e obrigações com entidades esportivas.
Em meio a esse cenário, o clube mantém tratativas com a Caixa Econômica Federal para viabilizar uma nova composição do débito. Entre as possibilidades em discussão estão a compra dos naming rights do estádio e a entrada da instituição como patrocinadora principal do uniforme.
O modelo serviria para reorganizar o passivo e gerar receita vinculada à solução negociada. Um dos entraves da proposta, porém, é a rescisão do contrato com a Neo Química, vigente até 2040. O acordo impede, por ora, a transferência dos direitos de nome da arena, e a resolução dessa questão é considerada essencial para que o avanço das tratativas se concretize.
Paralelamente, a Gaviões da Fiel promove a campanha “Doe Arena Corinthians”, que incentiva torcedores a contribuírem com a quitação do financiamento. No fim de outubro, a organizada antecipou duas parcelas junto à Caixa e divulgou a ação nas redes sociais, com arrecadação acima dos R$ 41 milhões.

A iniciativa inclui transmissões ao vivo, ações em dias de jogos e campanhas com influenciadores. Até o momento, nem o Corinthians nem a Caixa comentaram oficialmente as negociações em andamento, que seguem como parte da estratégia para reduzir a dívida da arena em Itaquera.


