A campanha irregular do Atlético-MG em 2025 tem gerado forte insatisfação entre seus torcedores, especialmente após a sequência de resultados frustrantes em competições decisivas. A eliminação nos pênaltis para o Lanús, na final da Copa Sul-Americana, e o empate com o Flamengo na Arena MRV, pelo Campeonato Brasileiro, intensificaram as críticas direcionadas à diretoria do clube.
Em resposta, protestos foram organizados nesta sexta-feira (28) nas imediações da sede social e administrativa do clube, localizada no bairro de Lourdes, em Belo Horizonte. Faixas foram afixadas por torcedores em diferentes pontos, expressando descontentamento com a condução do departamento de futebol e exigindo mudanças na gestão.
“O time de futebol é reflexo dessa diretoria medíocre, frouxa e simpática”, dizia uma das mensagens estampadas nas faixas, sinalizando a perda de confiança na atual administração. Outra cobrança direta foi endereçada ao presidente da associação, Sérgio Coelho: “Fred Bolivar, a massa está com você! Fora Sérgio Coelho e os puxa sacos!”.
A indignação da torcida também reflete o acúmulo de resultados negativos em momentos decisivos. Afinal, além da queda para os argentinos, o Atlético já havia sido vice-campeão da Libertadores em 2024, diante do Botafogo, e também foi derrotado pelo Flamengo na final da Copa do Brasil do mesmo ano.
No Campeonato Brasileiro, o Galo ocupa atualmente a 12ª colocação, somando 45 pontos. Ainda há possibilidade matemática de alcançar a zona de classificação para a fase preliminar da Libertadores, embora dependa de uma combinação de resultados, inclusive a conquista da Copa do Brasil por Fluminense ou Cruzeiro. Caso contrário, a equipe deve disputar novamente a Copa Sul-Americana em 2026.
O calendário da reta final reserva dois compromissos importantes para o time mineiro. O primeiro será no domingo (30), às 18h30 (horário de Brasília), contra o Fortaleza, na Arena Castelão. Posteriormente, o Atlético-MG encerra sua participação no torneio nacional diante do Palmeiras, na quarta-feira (03 de dezembro), às 21h30 (horário de Brasília), na Arena MRV.
Embora a crise não seja inédita, a pressão atual se destaca pela abrangência do protesto, que além de cobrar resultados em campo, questiona diretamente a estrutura de liderança no clube. A relação entre diretoria e torcedores parece, ao menos por ora, abalada e sem sinais de reconciliação imediata.
