Antônio Manfrini Neto, conhecido no meio esportivo apenas como Manfrini, faleceu na madrugada de quarta-feira (10), aos 75 anos, na cidade de São Paulo. Natural da Mooca, bairro tradicional da capital paulista, o ex-atacante marcou época no futebol brasileiro durante a década de 1970, principalmente por sua passagem destacada pelo Fluminense.
Entre 1973 e 1975, Manfrini vestiu a camisa tricolor em 157 partidas, balançando as redes 62 vezes. Durante esse período, foi bicampeão estadual, conquistando os títulos do Campeonato Carioca em 1973 e 1975, além da Taça Guanabara. Com atuações decisivas e carisma em campo, tornou-se um dos nomes mais representativos da primeira formação da chamada Máquina Tricolor, ao lado de craques como Rivellino, Paulo Cézar Caju e Gil.
O clássico contra o Flamengo em 1973 ficou marcado como um dos pontos altos de sua trajetória. Na decisão do Carioca daquele ano, disputada sob forte chuva no Maracanã, Manfrini anotou dois gols na vitória por 4 a 2, garantindo o título estadual para o Fluminense. Por causa daquela exibição, recebeu o apelido de “Gene Kelly”, em alusão ao astro do filme Cantando na Chuva. Ainda em 1973, brilhou novamente ao marcar outro doblete, incluindo um gol de bicicleta, na virada por 2 a 1 em outro Fla-Flu histórico.
Anteriormente, o atacante já havia deixado sua marca pela Ponte Preta, clube pelo qual foi campeão paulista em 1969. Depois de seu ciclo no Fluminense, seguiu para o Botafogo, onde atuou entre 1976 e 1979. Passou ainda rapidamente pelo Palmeiras, registrando quatro gols em quatro jogos, desempenho que reafirmava seu faro de artilheiro por onde passou.
O Fluminense se pronunciou nas redes sociais sobre a perda do ex-jogador. Em nota publicada na manhã de quarta-feira (10 de dezembro), o clube afirmou: “O Fluminense Football Club lamenta profundamente o falecimento de Antônio Manfrini Neto, o Manfrini, bicampeão estadual pelo Flu em 1973 e 75. Pelo Tricolor, Manfrini disputou 157 jogos e marcou 62 gols, incluindo dois decisivos em Fla-Flu do Carioca de 1973. Toda a nossa solidariedade aos familiares e amigos”.
Inegavelmente, o legado de Manfrini permanece entre os torcedores do Fluminense como símbolo de uma era marcada por futebol ofensivo, protagonismo em clássicos e títulos relevantes. Embora as causas da morte não tenham sido divulgadas, a comoção provocada pelo falecimento confirma a importância do ex-atleta na história do clube das Laranjeiras.
