Na madrugada de quinta-feira (19 de junho), um míssil disparado pelo Irã atingiu o Hospital Soroka, localizado em Beersheba, no sul de Israel, deixando ao menos 71 pessoas feridas. A unidade de saúde, considerada a principal da região sul do país, sofreu danos significativos e precisou ser evacuada. O episódio ocorreu por volta das 7h no horário local, equivalente à 1h no horário de Brasília.
O ataque integra uma ofensiva mais ampla promovida pelo Irã, que lançou dezenas de mísseis contra o território israelense. Além do hospital, outras regiões civis foram atingidas, como Tel Aviv e Jerusalém. As forças armadas israelenses relataram que um total de 129 pessoas ficaram feridas em decorrência dos ataques em diferentes pontos do país.
A direção do Hospital Soroka confirmou que os pacientes foram transferidos para outras unidades médicas da região. A instituição, que conta com cerca de mil leitos e atende aproximadamente um milhão de pessoas, deixou de operar após os danos causados pelo impacto. Cenas de correria e desespero foram registradas em vídeos divulgados nas redes sociais e pelas autoridades locais.
O governo do Irã afirmou que o alvo do ataque era uma instalação militar próxima ao hospital e que o centro médico teria sido atingido de forma colateral, devido à onda de choque da explosão. Contudo, autoridades israelenses sustentam que o hospital foi diretamente atingido por um míssil balístico. Dois médicos relataram à agência Associated Press que a explosão ocorreu imediatamente após o acionamento das sirenes antiaéreas, podendo ser ouvida até mesmo de uma sala de segurança blindada.
Em resposta, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que os “ditadores terroristas iranianos dispararam mísseis contra civis e hospitais”, afirmando que Teerã “pagará um preço alto”. O ministro da Defesa, Israel Katz, adotou um tom ainda mais duro ao dizer que o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, “não pode mais existir”.
Simultaneamente ao ataque iraniano, Israel respondeu com bombardeios a instalações no território iraniano, incluindo o reator nuclear de Khondab, na cidade de Arak. As autoridades do Irã alegam que a instalação estava desativada e foi evacuada antes do ataque, sem registro de vítimas.
O episódio intensifica o confronto entre os dois países, que já dura sete dias, e ocorre em um momento de crescente tensão no Oriente Médio. O envolvimento dos Estados Unidos no conflito é cogitado, conforme se intensificam os combates e os riscos de ampliação da guerra na região.
