Um conteúdo aparentemente simples publicado no TikTok acabou ganhando repercussão negativa e provocando uma enxurrada de reações nas redes sociais. A atriz e apresentadora Carolina Ferraz, de 57 anos, compartilhou um vídeo com dicas de cuidados com a pele, prática que já fazia parte de sua rotina.
No entanto, a publicação se tornou alvo de críticas com teor etarista, levando internautas a comentarem sua aparência de forma depreciativa.
Entre as mensagens ofensivas, destacaram-se frases como “O tempo é uma fábrica de monstros” e “O tempo é uma derrota, meu Jesus”. As declarações rapidamente viralizaram e geraram indignação, tanto por parte da própria artista quanto de seguidores que saíram em sua defesa.
Resposta firme e reflexão sobre envelhecer
Carolina Ferraz decidiu não se calar diante dos comentários. Demonstrando serenidade, ela usou suas redes para rebater as críticas e refletir sobre o processo natural do envelhecimento. Em resposta a um comentário que dizia: “Ela era linda, infelizmente o tempo passa pra todos”, a artista declarou com convicção: “Passa sim, com muito orgulho”.
Ela ainda enfatizou a importância de cultivar o bem-estar individual, afirmando: “O importante é estarmos bem com a gente mesmo. Autoestima e amor-próprio, porque envelhecer faz parte da vida, não é mesmo?”.
A declaração reforça o posicionamento da atriz diante de padrões de beleza impostos e a necessidade de acolher a própria imagem com mais compaixão.
Reações solidárias e mensagem de empatia
Além de responder aos ataques, Carolina curtiu um comentário que expressava indignação com o teor das críticas. “O ser humano é cruel, cara. Falam como se ninguém fosse envelhecer em algum momento ou até mesmo sem se importar com os pais ou os avós”, dizia a mensagem que recebeu o apoio da atriz.
Assim também, o episódio gerou debate sobre a urgência de mais empatia nas interações digitais. Conforme Carolina sugeriu em sua atitude, é preciso refletir sobre os limites do discurso nas redes e sobre o respeito às trajetórias pessoais, sobretudo quando envolvem questões tão sensíveis quanto a idade.
Envelhecer com dignidade e visibilidade
A repercussão do caso trouxe à tona uma discussão social relevante: o etarismo e a invisibilização de pessoas mais velhas em espaços digitais. Carolina Ferraz, ao usar sua visibilidade para defender a naturalidade do envelhecimento, abriu espaço para um diálogo mais inclusivo e humanizado.
“A autoestima e o amor-próprio são fundamentais”, concluiu, reafirmando que envelhecer não é um defeito, mas parte inevitável e digna da vida. O episódio, apesar de hostil, mostrou a força do posicionamento de uma mulher que, com experiência e voz, se recusa a ser silenciada.