Na quarta-feira (25), Alexandre Pato se tornou um dos nomes mais comentados nas redes sociais após se dispor a cobrir os custos de translado do corpo de Juliana Marins, brasileira de 26 anos que faleceu na Indonésia. A jovem foi encontrada sem vida após desaparecer durante uma trilha no Monte Rinjani, em Lombok, quatro dias antes do resgate.
O ex-atacante, atualmente comentarista do SBT, entrou em contato com a família da vítima por meio do Instagram, segundo confirmação da assessoria da emissora.
“Alexandre Pato entrou em contato sim com um Instagram e conseguiu conversar com a família. Essa foi a resposta que ele pediu para passar para a imprensa. Como é algo pessoal, ele prefere não falar (dar entrevistas)”, declarou a nota oficial.
Segundo a legislação brasileira, despesas com repatriação de corpos e custos funerários no exterior não são de responsabilidade do governo federal. Diante dessa situação, o gesto do ex-jogador surgiu como alternativa imediata e solidária para aliviar o sofrimento dos familiares da jovem que caiu em uma ribanceira de difícil acesso entre 2.600 e 3.000 metros de altitude.
Histórico de ajuda humanitária
Aliás, essa não é a primeira vez que o atleta se envolve em ações voluntárias. Em 2018, enquanto atuava pelo Tianjin Quanjian, da China, Pato ofereceu ajuda financeira à influenciadora digital Nara Almeida, diagnosticada com câncer raro no estômago. À época, a jovem necessitava de um tratamento com imunoterapia, cujo custo era de R$ 18 mil por dose, aplicada a cada 21 dias.
Mesmo conseguindo arrecadar cerca de R$ 20 mil mensais com campanhas promocionais e vendas de camisetas, Nara recorreu às redes em busca de apoio para manter a continuidade do tratamento. O ex-jogador se comprometeu a custear seis meses da medicação, atitude que emocionou a influenciadora.
“Deus como sempre coloca anjos na minha vida e dessa vez colocou o Pato. Ele se dispôs a pagar seis meses de tratamento. Só gratidão!”, escreveu ela em seu perfil.
Infelizmente, a jovem faleceu em maio daquele ano, um mês após receber a confirmação da ajuda. Diagnosticada em agosto de 2017, a doença se agravou com rapidez após atingir outros órgãos, mesmo após o início da medicação.
Repercussão nas redes e agradecimentos
Enquanto isso, a solidariedade demonstrada pelo atleta repercutiu amplamente. Internautas elogiaram a postura discreta e empática do comentarista. A atitude reforça um histórico de envolvimento com causas pessoais de forte apelo emocional, como no caso de Juliana, cuja família também agradeceu aos voluntários que participaram do resgate.
“Somos profundamente gratos aos voluntários que, com coragem, se dispuseram a colaborar para que o processo de resgate de Juliana fosse agilizado”, declarou a nota publicada nos perfis da jovem.
Pato, casado com Rebeca Abravanel, tem evitado entrevistas e optado pelo silêncio diante da exposição desses episódios. Embora não fale publicamente, suas ações vêm à tona por meio dos relatos das famílias ajudadas.


