A jornalista Sandra Annenberg, de 57 anos, compartilhou reflexões pessoais sobre a transformação de sua vida sexual ao lado de Ernesto Paglia, com quem é casada há 28 anos. Segundo ela, a chegada da menopausa coincidiu com dois momentos marcantes: a comemoração do aniversário de casamento e a mudança da filha Elisa, de 21 anos, para os Estados Unidos a fim de estudar.
Durante sua participação no videocast MenoTalks, Sandra revelou que o casal vive atualmente uma nova fase. “A gente se redescobriu e foi achando novos lugares. É uma nova fase. O prazer é diferente. Você pode descobrir um novo prazer, e poder falar sobre isso com seu companheiro: ‘isso sim, isso não. Isso dá efeito, aquilo não dá mais’. A gente muda”, afirmou.
Reaprendizado e cumplicidade
Annenberg explicou que a adaptação não se deu por meio de conversas formais, mas por uma percepção mútua. “Isso não foi falado entre a gente porque não foi preciso falar. A gente foi percebendo e descobrindo e reaprendendo”, disse a comunicadora, destacando a importância da conexão emocional construída ao longo dos anos.
Ela ainda ressaltou que o sexo sempre teve um papel significativo na relação. “Sempre disse que ele me fazia rir. E qual é a outra grande questão da nossa relação? É o tesão um pelo outro. A gente sempre teve isso à flor da pele. Agora, essa pele que não tem mais aquele viço, que começa a enrugar… Enfim, continuo amando ele com todo amor que eu sempre tive, e acho que até mais, pela história que a gente construiu”, contou.
Desafios na menopausa
Além da questão conjugal, Sandra compartilhou o impacto da menopausa em sua saúde emocional. O primeiro sintoma foi o suor noturno, algo inesperado. “Não sabia o que estava acontecendo comigo, não tinha informação. Realmente, foi assustador”, revelou.
O episódio mais marcante ocorreu durante a cobertura da Copa do Mundo na Rússia, quando ela enfrentou ataques de pânico em um quarto de hotel. Segundo ela, a colega Ana Paula Araújo foi essencial para ajudá-la a sair da crise:
“Quem me salvou foi Ana Paula, que batia na porta do meu quarto e falava: ‘Vamos sair, vamos conhecer a cidade’. Eu estava desesperada, chorava na cama”.
Redefinindo o amor na maturidade
A jornalista reforçou que o amor amadureceu com o tempo. “Ele sempre me fez rir, e outro ponto que sempre existiu entre nós é o tesão. A gente sempre teve isso muito forte. Hoje, a pele já não tem mais aquele viço de antes… mas o amor só cresce”, declarou.
Para ela, mesmo com as transformações físicas e emocionais, a cumplicidade permanece como base da relação: “Não foi preciso falar. Fomos percebendo, descobrindo, reaprendendo. É outro fogo, outra forma de estar junto, e isso também é muito valioso”.
